sexta-feira, julho 29, 2005

Férias

Isso.

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quarta-feira, julho 27, 2005

Holywood e o Iraque

Antes do cinema a ficção ataca na televisão. A série americana "Over There", criada (também) pelo inevitável Steven Bochco, parece falhar o alvo. Aliás possivelmente nem se apercebe dele, a julgar por esta crítica do LA times: http://www.calendarlive.com/tv/cl-et-overthere27jul27,0,5557741.story?coll=la-home-headlines&track=hppromobox

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terça-feira, julho 26, 2005

Chove

Chove. Isto é, o poder socialista, como Miterrand nos seus bons tempos deve ter usado macumba para apagar os incêndios, à falta de outros meios. Entretanto, já ardeu mais um naco da Estrela, e outro pedaço da zona do Açor, a norte do Piódão. Aqui há 15 dias, o Porto parecia uma cidade indonésia, afogada em fumo, e aumento das crises de respiratórios nas urgências. Na estrada para Paços de Ferreira, tudo queimado, tudo morto. Só as putas...

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Sporting: mais do mesmo?

Pelas primeiras imagens da pré-epoca, estamos onde estávamos: os 2/3 dianteiros turbo-lentos, e brilhando às vezes, com um 1/3 traseiro mediano. Vendido o melhor defesa, compra-se um atacante! O Mota também não era um gajo muito bom? A explicação seria - estamos a preparar a saída do Liedson! Mas esta prepara-se melhorando a defesa, para que o Sporting possa ganhar marcando menos. É que mais do mesmo não vai ser tanto assim, porque "borlas" como as do ano passado, não acontecem dois anos seguidos.

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Soares Presidente (outra vez...)

Aqui o temos, mais uma vez, o nosso rei putativo a reclamar o seu direito de pernada. Soares julga-se o melhor da nossa rua, e de longe. E, até que a morte nos separe, vê-se como presidente desta coisa. O Sampaio? Um mero sucedâneo (e é verdade, um mero sucedâneo...). Entre Cavaco e Soares, como escrevia Conrad: "the horror, the horror..."

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domingo, julho 24, 2005

Again & Again, but New!


Este é Rocky Marsiano, aka D-Mars, um luso-croata que anima a cena hip-hop lisboeta vai para uns anos. Editou agora "The Pyramid Sessions": hip-hop e jazz misturados uma vez mais, mas... fresquíssimo! A ouvir muitas vezes...  Posted by Picasa

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Welcome to Terrordome

Um jovem electricista brasileiro, solteiro e aparentemente a viver em Londres numa casa vigiada pela Scotland Yard, saiu anteontem de manhã com um anorak espesso (fazia calor...) e dirigiu-se para o metro. Não terá parado às vozes de alto dadas pela polícia e foi imobilizado e abatido dentro de uma carruagem de metro, à vista de uns quantos. Era um bom rapaz, parece. E não tinha nada a ver com a Al Qaeda, parece. A Scotland Yard tomou conselho da polícia israelita e atira à cabeça e não às pernas ou sequer ao peito, para mais rapidamente parar um potencial bombista suicida. Londres = Cisjordânia, Faixa de Gaza ? A Scotland Yard já decidiu que sim, e foi pedir conselho aos especialistas. A Al Quaeda agradece. O terror instalou-se, está entre nós. Agora só faltava saber que o nosso amigo electricista brasileiro tinha ido ao Paquistão dois meses antes...

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sexta-feira, julho 22, 2005

Portugal nas bocas da Europa...

Parece que a Europa já percebeu do que a casa gasta... - http://euobserver.com/?aid=19633&rk=1 - e como tudo isto vai acabar mal...

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British Muslims

Vejam este link - http://www.opendemocracy.net/conflict-terrorism/london_bomb_2682.jsp - que ajuda a perceber a complexidade da cena muçulmana na Inglaterra, e o porquê de aparentemente, como ontem e hoje se viu, os ataques terroristas continuarem, embora em escala "menor"... Outro link, um pouco mais "socioliterato", apresenta pistas interessantes também sobre o porquê dos youngsters turned suicide bombers... - http://www.opendemocracy.net/conflict-terrorism/leeds_2696.jsp

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Portugal o seu destino, etc., etc.

É difícil não concordar com o artigo do Miguel Sousa Tavares no Público. Parece uma reacção primária ao espectáculo governativo dos últimos dias, mas não é: partilho 95% do escrito, nem mais.
Agora, nunca por nunca confundo o destino de Portugal com o destino económico de Portugal. Este, claramente, está em perigo de estagnação por uma geração, pelo menos, dada a incapacidade "educacional" de o país se gerir e ultrapassar as dificuldades que a globalização e a expansão da UE a leste lhe colocam.
O destino de Portugal é outra coisa, sem dúvida, e possivelmente nada como uma crise prolongada para nos pôr em forma, produzir uns Jorges de Sena, uns Pessoas, und so weiter. É que ultimamente andávamos um pouco apalermados, com este dinheiro todo, as auto-estradas, o algarve logo ali, porto galinhas, bazaruto com o sem mefloquina...
Os portugueses, para o bem e para o mal, são inalteráveis, inconfundíveis. Os seus brandos costumes mostram-se inclusivé no hip-hop, na nova vaga, ou no ciberespaço. A forma in como aderimos aos blogs, a euforia de 3ª geração, o colete do código da estrada a decorar o assento do condutor... não se preocupem, 800 anos de história não aconteceram por acaso!

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quinta-feira, julho 21, 2005

O Elefante Branco

Esquecendo, como dizia recentemente Miguel Beleza a famosa casa de alterne de Lisboa, os Elefantes Brancos são dois: Ota e TGV. O primeiro é, diz-se, injustificável. O 2º será, diz-se, também infelizmente mais um prejuizo (financeiro) que um benefício (de ligação à... Europa!). Os elefantes, como quaisquer animais de zoológico, precisam de quem tome conta deles, e com entusiasmo ! Parece que o Dr. (Cardoso) Campos e Cunha não andava muito animado com as suas funções de guardador de elefantes, muito menos brancos... E isto logo em tempo de autárquicas! Bora, vamos lá arranjar um outro mais animadito, de garganta funda capaz de engolir não só sapos como... elefantes até, e prá frente é que é caminho!
Os senhores pediram um pouco de bom-senso? Pois não veio!

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A Educação pelos pais

Cito de memória o Sr. Mário Pinto no Público de há 2-3 dias, que "a educação é para ser feita pelos pais, não pelo estado". E isto sobre a velha polémica escola pública-escola privada.
Quando alguém de direita começa um artigo a citar como exemplo do errado uma normativa do tempo do Salazar, é para ficar desconfiado. Eu não quero nem posso opinar sobre a maioria das matérias que vão compor a educação da minha filha. Não sei! Quero ter uma opinião sobre "como vai" a escola da minha filha. E ocasionalmente que essa opinião seja importante. E poderei "inspirar e expirar" sobre algumas matérias das áreas... digamos mais "humanistas"...
A palavra educação é, como se diz... polissémica. Será isto ? Há uma educação da escola, e há uma educação dos pais. São espaços que se interpenetram, que se complementam. Mas sejamos sensatos, sobre muitas das coisas que me ensinaram, os meus pais não sabiam nem queriam ter opinião sobre. Eu aliás temo a primeira vez que tenha que ouvir os pais dos colegas da minha filha numa reunião qualquer a "decidir" o que é para ensinar... espero que tal nunca venha a acontecer...
Dizer que são os pais a educar é condenar os filhos dos pais "menos educados" a serem também, pelo entornar do copo sobre a mesma toalha, "menos educados" também... É muito para fazer esta correcção social que a escola existe e de alguma forma "decide" o que ensinar, em prol das crianças e à revelia de pais que nem a 4ª classe possuem...
O apoio à escola pública é portanto um acto de justiça social. É dinheiro que como qualquer outro deve ser bem gasto e justificado. Mas que é preciso gastar.
E acabo assim: obrigado escola pelo que me ensinaste sem que os meus pais soubessem disso...

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"Quem não chora não mama"...

Assim me disse um amigo de um amigo meu, que é médico, a propósito do pavimento das estradas. Muito deve ter chorado o hospital do meu amigo, porque toda a sua envolvente com as estradinhas incluidas está a ser remodelada. E vai ter um Metro ! E uns túneis ! Assim já não há aquele espectáculo das ambulâncias, só se ouve, o que não é o mesmo.
Acredito, meu amigo de amigo, que seja assim, estou então fodido porque já não sei chorar, desaprendi há muitos muitos anos, nem me lembro bem porquê. Bem tento, esbugalho os olhos, fungo uma, duas vezes, e nada.
Não me sai e pronto.

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quarta-feira, julho 20, 2005

João Miguel Fernandes Jorge

Caralhos fodam tudo isto os ramos de jacintos,
as margaridas.
Quanto mais árvores melhor. Mais tempo.
Temos os rudimentos destes passos o sonho apontando
um lado, outro lado.
O que nos acontece é o que acontece dentro. Um
pouco a simetria cartesiana, a mulher sentada de
mesa a mesa de café. Faz o que o pensamento faz,
foge por entre os dedos de café em café. Tendo
na evasão a sua natureza
a fluente relação do que ganha perdendo: as alturas
da terra, as alturas do mar.
Porque são tão lentos os passos abandonados ao
simples estudo
e porque diz "será que hoje as coisas acontecem tão
rapidamente?",
seja o que for
fixa a prévia partícula da cor, o medo do ar, o
antever os vivos. Os vivos acontecem.
A própria respiração era uma brincadeira lançada sobre o
vidro frio da janela,
embora víssemos os que matavam pássaros
em pleno voo.
(As fronteiras estão cuidadosamente guardadas
pelo meu vizinho.)

Há uma paisagem na unha do meu corpo.
Irrelevante paisagem. Maravilhosa paisagem erguendo
luas, o trabalho sobre o corpo.
Quando se começa? Tudo está no seu lugar. Misteriosamente
aquilo com que lidamos não são corpos,
ou serão o nosso regresso aos romances inacabados, à
transparente folha.
O caçador dispara uma e outra vez, outra vez ainda.


in Direito de Mentir (Obra Poética 3, Ed. Presença)

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terça-feira, julho 19, 2005

M Santing, Water Under The Bridge, 1985


Ao ouvir Roisin Murphy agora parece-me ouvir muito um disco já com 20 anos, e produto de uma cantora holandesa então algo conhecida, Mathilde Santing. Lembro-me bem que esta menina tinha-se tornado um fenómeno alternativo de vendas 2-3 anos antes quando o seu primeiro disco, um conjunto de covers electrónicas tinha levado com uma crítica superlativa no Expresso pelo Miguel Esteves Cardoso. "Water Under The Bridge" é de 85 e é um disco de originais. Como compositores ajudantes Santing conta com Rolf Hermsen e sobretudo Dennis Duchhart. Este parece-me ter sido o melhor disco desta senhora, a lésbica mais conhecida de Amsterdão, com o seu cabelo louro de cadete da marinha e uma voz angelical. Aqui está da melhor música de "pequena sala" dos anos 80, filha sonora de um típico jazz europeu de canais lentos e sinuosos. Para quem não conhecer... façam o favor de procurar. Posted by Picasa

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Madagascar


Sim, Madagascar é um óptimo filme de animação. E é quase só rir do princípio ao fim. Nem era preciso que a dobragem dos pinguins fosse feita pelo Gato Fedorento... Agora que os miúdos ganham uma ideia errada do que é ser um animal selvagem encerrado num zoo, ai isso ganham... exactamente, este filme cria a ideia de que os animais do zoo de NY não são selvagens... o que é um erro. Esquecendo isto, o filme tem gags superiores, sobretudo os colaterais, os pinguins claro, mas também os macacos, e o rei lémur. É ver rapaziada. Ah, só mais uma coisa: Dreamworks, ainda bem que este é muito melhor que "O Gang dos Tubarões". Já estava a ficar preocupado...  Posted by Picasa

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segunda-feira, julho 18, 2005

Ardant, F


Estive a ver um filme no Gallery com Depardieu e Ardant. Não, não se compara com "La Femme A Côté", mas enfim serve, são grandes actores, dois monstros como se dizia antigamente, ele está velho. Ela não, ela continua dependente do mais profundo olhar, espantada ainda, a sorrir sem saber bem porquê nem para quê. E fechará os olhos longamente quando se atirar para a frente e vamos querer estar ali para receber o seu abraço, oferecer-lhe protecção. Fanny Ardant, nunca houve apelido mais verdadeiro.
PS.: filme "Nathalie..." de 2003 tb com Emanuelle Béart. Passaram portanto 22 anos sobre "La Femme...". Posted by Picasa

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domingo, julho 17, 2005

A Ministra da Agricultura de França

...defendia ontem no jornal Público a Política Agrícola Comum, falando de "ecosustentabilidade" e exemplificando a compra livre (!) de mandioca ao 3ª mundo com exemplo de uma política solidária, agrícola..., com o 3º mundo. É portanto a União Europeia o maior aliado dos pobres na OMC. Pena todos os outros dizerem o contrário...
E não é "antinatural" ter os agricultores franceses (sobretudo estes não nos enganemos...) ali no campo pagos a peso de ouro, produzindo o que quiserem, desde que fiquem lá ? Quem trabalha o campo ? Ucranianos, portugueses, argelinos...
A agricultura do 3º mundo é obviamente mais barata do que a nossa. Deixem-na entrar ! Não tem aquelas etiquetas todas ? Estando o analfabetismo em regressão e a iliteracia também (...), quem quer 20 etiquetas paga por elas, quem ficar contente apenas com 2 ou 3...
Atenção, atenção, que nem sempre a defesa do consumidor serve para defendê-lo a ele, ao consumidor...
Dominique, estamos entendidos !

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sábado, julho 16, 2005

Londres

Em Nova Iorque "war zone", em Londres "crime scene". Esta é uma diferença semântica importante, e de reter.
Se consideramos, dentro de uma lógica Darwiniana, os Americanos uma evolução dos Ingleses, bom, evoluiram ?
Confesso porém que me esqueci dos dois minutos de silêncio pelos mortos de Londres. Bem como dos outros dois minutos de silêncio pelos quarenta mulheres e crianças queimadas vivas no Congo. E idem pelos últimos atentados contra civis xiitas no Iraque (outras dezenas de mortos, pr'aí).
Enfim, melhor andarmos calados toda uma semana, não ? Ou para sempre ? É que se aplicarmos a lógica da globalização aos silêncios...

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sexta-feira, julho 15, 2005

Not my tipe, but...


E eis o braço de Maria Sharapova. Posted by Picasa

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Zoo da Maia 2


Isto é o Zoo da Maia, aquela coisa de que a Maia, conhecida como a Dallas do Norte, tanto se orgulha. Já escrevemos sobre isto. Os texanos não são conhecidos pelo seu bom gosto. E os nossos, os maiatos... Notem o pormenor da bananeira e da antena satélite. Fechem este zoo, tábem ? Posted by Picasa

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Alberto Rei


O nosso amigo Alberto afinal não joga no inimigo. Até já tem um filho, e é possível que venham mais... Aparentemente ter cuidado não era para ele, e preservativo muito menos. Ver coluna de Maruja Torres no El País de ontem, senão me engano. Superior. O Alberto não, apenas mais um fedelho. Por mim, Carolina ao trono já.  Posted by Picasa

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quarta-feira, julho 13, 2005

MDBaby again...

Mais um texto sobre, e que recusa a unanimidade: http://www.tnr.com/doc.mhtml?i=w050711&s=orr071205

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1985, Working Week


O duo mentor deste projecto era Larry Stabbins e Simon Booth. Tinham saído dos Weekend, a banda de Alison Staton, ex-Colossal Youth. Parece a hx da música independente anos 80. Enfim, pegaram na pequena Julie Roberts e tentaram one more time, this time with soul... Saído em 85 este disco é uma near masterpiece. Faz a ponte inteligente entre o Cool do princípio dos 80 (Sade Adu, etc) e o Acid Jazz do fim dos mesmos (Brand New Heavies, Galliano, etc). Arranca com um "Venceremos" sulamericano de esquerda, e tudo o resto só melhora: instrumentação solta, concisa, com excelente swing, voz potente no sítio certo. O máximo ? "Thought I'd Never See You Again". Para mim um dos discos dos anos 80... e que não envelhece. Posted by Picasa

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terça-feira, julho 12, 2005

1993, U2


O album que eu mais ouço dos U2, construido numa vertigem no meio de uma tournée, visionário, quase marginal, depois dele o século terá acabado, pelos menos para os mesmos U2. Disco do fim de tudo, virtual mas tão nosso, "Some Days Are Better Than Others". "Lemon", uma dança terminal. "Numb", um diagnóstico. "Zooropa", outro diagnóstico. E do limbo do apocalipse os três últimos temas, "The First Time", Dirty Day" e "The Wanderer", este vocalizado por Johnny Cash. Nesta última canção o programa possível para quem chegou ao fim. Cansados de fazer história, os U2 aqui viraram as costas e voltaram para trás. Posted by Picasa

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segunda-feira, julho 11, 2005

Carcavelinhos 2

Como se lia ontem na pág. 29 da secção Sociedade do jornal Público (mas com discreta chamada na 1ª página...), afinal o arrastão de Carcavelos não existiu.
Zaragata dum casal, uma tentativa de assalto, pânico criado numa praia sobrelotada, e depois umas dezenas, repito 20 ou 30 rapazes a tentarem aproveitar-se da situação, e nada de 500, nada de crime organizado, nada !
O sr Chefe da Polícia de Lisboa diz que tentou "desmontar" a notícia do arrastão nos media poucos dias depois do acontecido mas que "ninguém lhe ligava"...
Isto chama-se brincar com coisas sérias. Isto, meus amigos, como se dizia no liceu, "Freud explica !". E é melhor não seguir o desmentido para a BBC e demais sítios da estranja onde isto foi notícia, porque senão, o be careful vai deixar de aplicar-se a algumas determinadas praias mas aos tolos dos portugueses no geral...

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"Dar Sinal"

Conduzir em fim-de-semana por entre portugueses é muito ilustrativo sobre a psicologia íntima dos mesmos. Como os portugueses julgam viver em estado de "guerrilha suspensa" com o próximo, nunca por nunca avisam quando vão ultrapassar, mudar de direcção, etc. Aquilo que na gíria se chama "dar sinal" !... Avisar o inimigo das nossas intenções é índice de pouca inteligência, tipo burrice a degenerar para a jericada. Os portugueses não avisam, fazem. E o gajo que esteja atento !
Em guerra perpétua povos há dois: os americanos, como se tem visto, e os portugueses, como ainda se verá.
Outra coisa seria pedir aos portugueses que dessem "sinais de vida"...

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sexta-feira, julho 08, 2005

Saber saber

Ontem não foi um dia brilhante. Quando a minha filha terminou o seu treino para a festa do ballet decidi que íamos jantar ao CC ali da zona, o Nortesh... isso. Apesar de 4ª f, estava cheio, o que me fez logo perder o apetite. Chegados a um restaurantezito, enquanto as ladies iam fazer a higiene, lá fiquei eu para pedir as sopas: que as havia - creme de cenoura, e sopa do dia. "Qual é a sopa do dia ?" "Creme de cenoura !" "Desculpe, não, essa é a outra" "A sopa do dia é creme de cenoura" "Ah, não têm sopa do dia" "Temos, temos, creme de cenoura" Aqui comecei a rir, e não parei até que outro empregado nos veio livrar desta situação embaraçosa. O amigo das cenouras estava "ali há pouco tempo"... Antes, num daqueles semi-fast food's "israelitas", tinham-nos dito que tinham tudo, "excepto tahina, humous e falafel" "não quer uma saladinha ?" Tipo taverna do alho sem pão nem chouriço nem linguiça, mas ainda com tostas mistas...
Hoje telefonou-me, meio parvo, aquele meu amigo, médico. Terá pedido uma colonoscopia a uma doente internada. Exame que não correu bem, por má preparação. No relatório o gastroenterologista dizia que "a preparação com Fleet é com 2 frascos (a doente diz que só tomou 1)" O meu amigo, desconhecendo o que era o raio do Fleet, e depois de não conseguir chegar à palavra com o colega, descobriu que o Fleet, preparado para limpar o cólon de forma a que o exame corra bem, não existia no seu hospital, dele, da doente, e do médico que tinha realizado o exame. A doente tomara e bem um só frasco de uma outra coisa qualquer. Pelos vistos o sector das endoscopias também é para rir.
Isto tudo, meus amigos, só para dizer que um dia licenciados seremos todos, e se calhar, estúpidos também.

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quarta-feira, julho 06, 2005

Philip Larkin

High Windows


When I see a couple of kids
And guess he's fucking her and she's
Taking pills or wearing a diaphragm,
I know this is paradise

Everyone old has dreamed of all their lives--
Bonds and gestures pushed to one side
Like an outdated combine harvester,
And everyone young going down the long slide

To happiness, endlessly. I wonder if
Anyone looked at me, forty years back,
And thought, That'll be the life;
No God any more, or sweating in the dark

About hell and that, or having to hide
What you think of the priest. He
And his lot will all go down the long slide
Like free bloody birds.
And immediately

Rather than words comes the thought of high windows:
The sun-comprehending glass,
And beyond it, the deep blue air, that shows
Nothing, and is nowhere, and is endless.



Philip Larlin, High Windows, 1974 (existe edição bilingue na Cotovia)

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terça-feira, julho 05, 2005

Grace


O Único album gravado como dios manda, em vida, de Jeff Buckley, chama-se Grace, e é de 1994. Já então a música de dança tinha relegado o Rock para 2º posto, apesar do grunge, e culpa minha a atenção tardia. Mas música assim prova uma coisa tão simples como esta: discos e músicos assim procuram algo algures entre as palavras e os sons que nunca uma batida perfeita poderá preencher. Uma urgência de "algo mais", "something else", "outra vida", o que quizerem. Esta música não é para dançar, a ideia é sermos melhores depois. Muito Led Zeppelin, Robert Plant, outras coisas, muito bom, muito bom. Posted by Picasa

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É não desesperar, rapazes...


Ainda não é desta. Mas numa fila de supermercado um dia destes hão de falar de Nemésio ou de Kavafis, em vez da Optimus, ou da Oni... Os portugueses ocupam-se hoje em dia em desbloquear o bloqueado, e pouco mais. E de desbloqueio em desbloqueio, chegam a velhos, chegam a mortos. Por isso nada como um telemóvel que fotografe... o quê ? Nada como um plasma, para ver a tvi cada vez mais grande... E este fim-de-semana, que fazes ? Compro, vendo... compro, vendo... vendo e compro. Por isso em Portugal se chega a "grande" depressa, pois é "grande" quem já sabe comprar, vender, comprar. Matéria que se aprende cedo, e de mais fácil apreensão que as contas e os teoremas, o pessoa e o jorge de sena... "Anália Soraia, porque casaste com o António ? É que ele gosta de comprar as mesmas coisas que eu...estamos tão de acordo em tudo..."
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´da-se pró gajo !


Marques Mendes, faz o teu dever, sê um grande homem por uma vez na vida... Posted by Picasa

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domingo, julho 03, 2005

News

Bom, finalmente no imsucks textos sobre "The Yakuza" (1975, Pollack) e "Artificial Intelligence" (2001, Spielberg). Julgo que sobretudo o primeiro não faz inteira justiça à qualidade do filme, mas fica por enquanto assim.
E nas bancas "June", a última theme-collection. Ver tb imsucks sobre texto e extenso.

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sábado, julho 02, 2005

Mau... resmo !


Já agora, aquele meu amigo que é médico, diz ter uma doente que se parece com a Mauresmo, muscles included, mas 20 anos depois... "se me engano na medicãção ela ainda me dá um sopapo que...". E será igual de feia. A França realmente, depois de produzir uma Mary Pierce saiu-nos com este gabiru... que perdeu nas meias de Wimbledon com... guess who. Posted by Picasa

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Oh Davenport...


6-4, 6-7, 7-9. Assim perdeu Davenport a final de Wimbledon para Venus Williams. A lady till the end, fez todo o seu jogo em silêncio, com esforço, e elegância geométrica. Só falou quando se enganaram numa chamada contra ela. E tinha razão. Posted by Picasa

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Transexuals do it better...


Ao explorar a net descobre-se que Terence Stamp como Bernadette em "Priscilla a Rainha do Deserto" não será consensual. Não percebo como. Posted by Picasa

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Férias


Jovem Cleópatra que me entraste de vez em quando pela porta estes últimos dias, deixa-me dar-te uns conselhos. Porém, não te preocupes, são desinteressados (já que nada te ensinei).
Muito mais jovem que tu a tua ancestral egípcia já era rainha. E capaz de opções angulosas, como a de se oferecer a Julio César embrulhada num tapete... aos 22 anos de idade. O seu olhar, reforçado como o teu por uma oval escura de artifício, não vivia porém assustado nem à procura de sinais. Onde sinais não havia Cleópatra dispunha os seus, jogando sempre, e se possível escolhendo as regras e o juiz, este de preferência seu amante, pretérito, presente ou futuro.
A egípcia morreu ainda jovem, como diriamos hoje, embora a idade de trinta e nove anos possivelmente fosse bem superior à esperança de vida média de seu povo.
Portanto, menina, quem se desenha assim não pode ter medo. Existirás portanto para ser adorada, e espero que assim seja quando for. Essa máscara incipiente porém terá que ganhar mais calo, mais forja, o traço vai precisar de mais viço. Os quatro elementos estão aí para tu os dominares. Experimenta começar pelo fogo.
Mas lembra-te, ó não-caçadora, que o momento decisivo acaba por ser aquele em que as máscaras caem por terra, para nunca mais. Posted by Picasa

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sexta-feira, julho 01, 2005

Benvido Mr. Sampras... Posted by Picasa

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