quarta-feira, março 30, 2011

Ângelo de Sousa.

1938-2011.

terça-feira, março 29, 2011

E a droga faz muito mal a algumas pessoas...

segunda-feira, março 28, 2011

Most Of The Other Remixes They Have Made For Other People Over The Years That They Did Not Include On The Really Good Recent Remix Album With The White Cover, Some Of These Don't Sound As Good As The Other Albums Selection, But Some Are Better, Many Of These Are Really Hard To Find And Officially Unreleased, And A Few Are Not So Difficult To Track Down Now, We Really Love Them All And Think You Will Too, Some They Did For Money And Some They Did For Free Or Swaps, But Always In Their Studio In Ghent. - 2008

Os Soulwax, que são os "2 Many DJ's" com mais malta, são uns belgas muito engraçados e electrónicos que in illo tempore fizeram música muito eléctrica e que neste momento andam a electrificar o meu carro...

Boussaina Chaabane

Esta mulher, de aspecto completamente ocidental (passe o "insulto") é conselheira do presidente... sírio! É, isto da "Primavera Árabe" é tão inesperado como... confuso?

Por exemplo as chaves.

Sim, ele há coincidências. E decisões que se tomam e que nelas se baseiam. Como por exemplo a questão das chaves. Entregues, e a cidade com elas.

NDB.

Até a minha filha já diz que eu me ando a repetir...

Despeço-me.

Mas não com amizade, entenda-se. Eu não confundo as duas coisas.

Menuseless...

É, estou assim, assim mesmo...

O que está perto não pode estar longe...

Li agora este post, dum defunto blogue meu amigo, e um arrepio percorreu-me a espinha, qual aviso à circunvalação, ou equiparado... sendo algo para rever em 2014, por aí...

sexta-feira, março 25, 2011

The rain...

Intimissimi e um par de salpicões.

Desta vez ofereceram-me um par de salpicões num saco - pequeno - da Intimissimi. Estes sacos estão a ficar populares... ou então alguém me está a querer dizer alguma coisa...

segunda-feira, março 21, 2011

Two wrongs...

Partida uma perna, decides partir a outra. E, achas que o equilíbrio se atinge assim, a merda do zen e tal...

Poncius Pilatus

"Quid est veritas?"

in Evang seg. S.João

sexta-feira, março 18, 2011

C.

C. não fala. Sorri, mas não fala. Tenta adivinhar as pantomimas que se desenham diante dela, sem dúvida simpática toda esta gente, embora não entenda bem porque insistem em que fique deitada. C. só tem viva uma irmã, e que vive longe, que é como quem diz, em Valongo. De treze irmãos vingaram três. O irmão J. foi sempre muito doente do intestino mas chegou a homem. Apaixonou-se perdidamente por uma rapariga que morava em frente, os médicos tinham-no proibido de casar mas ele insistiu e, coisa rara hoje e naquele tempo, quis uma segunda opinião. Casou e houve um médico que disse que o operava. Morreu na mesa do bloco, precisamente dois meses e treze dias depois de ter subido ao altar. Morrer de barriga aberta não é muito bonito, mas que dizer dos outros dez que não chegaram a gente…
A C.  morreu-lhe o marido há seis anos, homem de trabalho, calado e quedo. Sózinha na vida, C. voltou a aperaltar-se e a sair, a ir a uns bailes, ao café. A cabeça ultimamente falhava, a casa, pequena, em Avintes, pedia outro cuidado que ela sempre se prometia dar, mas ele era o sono ou então as lembranças, deixava-se estar, ultimamente já não saía, a cabeça às vezes como que esvaziava e ela parava à espera, um dia veio a irmã e disse que era para seu bem sair dali, está num lar vai para seis meses.
Ontem a irmã visitou-a, neste sítio onde estas pessoas, tão simpáticas, gostam tanto dela que não a deixam ir embora e insistem em que fique deitada, e dão-lhe pastilhas e injecções…  C. viu a irmã e lembrou-se, olha, tens visto E.? Tinha quinze anos e era bem bonita e já bem mulher, ele muito mais velho mas foi ela que engravidou, a natureza tem destes desequilíbrios, engravidou duas vezes, da primeira vez a irmã ajudou-a a ir ter com uma daquelas mulheres, dos desmanchos, da segunda foi sózinha, acabou no hospital, outro, este não, chamaram-lhe mentirosa, à entrada disse que era do apêndice, foi o apêndice que depois matou o irmão, ele tinha o apêndice fraco, era sabido, por isso se lembrou de semelhante alegação, o irmão não devia ter casado, nem ter sido operado, menos ainda ter morrido, bonito ele também, dos abortos só a irmã a saber, o marido nunca, segredo que irá com as duas para o caixão, diz-me, irmã, viste o E.?
C. só não percebe porque não está com ela a sua prótese para ouvir, C. lembra-se da irmã lhe ter contado como ao sair do bloco de otorrin,o com um sorriso forçado, seria?, há quantos anos foi, olha, o doutor enganou-se, operou-te o ouvido bom, agora vais usar um aparelho para ouvir, que pouca sorte, sendo um doutor… também, insistir em operar doença de família, já a falecida mãe ouvia mal, o aparelho, onde está ele, as palavras estão a voltar, e mais voltarão, planam e volteiam e lentamente vão pousando à frente de C., uma palavra, e outra, e mais outra, foi tudo um susto, ela aliás pretende acalmar toda esta gente que não pára, ele é pastilhas, ele é massagens com cremes e outros preparos, se aparecesse o aparelho, onde estará, porque não se viram para mim, dêem-me os lábios para eu ler, engraçado, só me lembro de um beijo, de um só,  e tenho oitenta anos…

De que me serve saber...

quinta-feira, março 17, 2011

Unfinished sympathy



Ontem, enquanto conduzia a Catarina para a sua aula de violoncelo, conversávamos. Comentávamos o facto de o pai de uma amiga esperar por ela no carro à porta do ATL enquanto eu, mais interventivo e apressado, entrei, chamei, fui à procura. Pai que conheço, de quem me posso dizer amigo. Vai a Cata de dizer que este meu amigo se parece com outro amigo recente, também pai de uma amiga dela, esta compincha dos cavalos. Parecença que me pareceu ténue, mas opiniões são opiniões, e o que neles coincidia logo me foi explicado por Catarina: "È que eles os dois ficam sempre a rir quando falam contigo!"
Demorei a perceber que tinha recebido um elogio, e vindo de quem! Demorei, porque estes tempos não serão para rir, e nestes tempos vence quem não ri, ou quem do riso tem a posse e o gatilho, fazendo a gestão da escassa prole. A posse do humor é também um poder, como outro qualquer. E não, pensando bem, estes tempos são do mais cómico que já se viu. Por isso não paro de rir, e quem é meu amigo comigo. E assim vai continuar a ser, desde já aviso. Embora eu saiba que o clip acima, como aliás os tempos que correm, não seja festivo...

The nicest groove that ever lived...

Omar...



No, there isn't...

Young Disciples - Apparently Nothin' (1991)



Top of The Pops... feat. Carleen Anderson, the daughter of Bobby Byrd... those were the days...

Young Disciples - Move On (1991)

domingo, março 13, 2011

Intimissimi e Robert Wyatt.

Devolveram-me agora mesmo uns CD's em - pequeno - saco da Intimissimi. Vou conversar com os CD's a ver o que me contam...

About Somewhere...

O filme de Sofia Coppola não é sobre Hollywood. O filme Somewhere é sobre uma relação entre pai e filha que se constrói, fina, frágil, quebradiça, com doze anos de atraso. E o que é esta filha para este pai? Uma hipótese de redenção, uma possibilidade de um caminho, de reaprender a caminhar, pelas tuas pernas que não as dos outros, e assim termina o filme. Sendo o quê esta filha para este pai? Objectivamente um anjo. A imagem de Elle Fanning - olhem bem para ela- não foi escolhida por acaso. O anjo da redenção. A pureza ainda possível. Que ainda pode dormir na nossa cama, fazer-nos o almoço, dançar patinagem artística para nós e connosco fugir deste mundo, quem sabe, para um mundo melhor? Tomando pequeno almoço no fundo de uma piscina como se no fundo do mar. Dando-nos a mão sem nada pedir em troca a não ser aquilo que é sabido que iremos dar, e dar, e dar... O filme de Sofia Coppola é só isto, e nada mais. O resto é a hipérbole a demonstrar que o nada nada é se não temos um anjo nas nossas vidas. Não que nos guarde mas que nos dê caminho.

Como longa adenda, esta história repete-se por este e aquele mundo fora, olha, em minha casa, por ex. O de que falo é com estes olhos de pai que mantenho que o vejo. Os outros, os de filha, que falem por eles. Ainda acrescento que a relação entre um filho e uma mãe não é espelho simétrico desta. Não tem mesmo aliás nada a ver, como todos nós sabemos. O amor entre pai e filha faz-se no ar e vive de (pouco) sustento. O amor entre mãe e filho faz-se na terra e é carnívoro.

sábado, março 12, 2011

The Seven Year Itch 1955



Hoje podemos admirar Marilyn Monroe como uma excelente comediante, intemporal, ao contrário de por.ex., o seu partenaire no filme Tom Ewell, que está no filme porque tinha antes estrelado na peça homónima da Broadway. Que pena que o casting de Walter Matthau para este papel não fosse avante... ,  Não esquecer que o realizador foi Billy Wilder.
Marilyn foi realmente uma excelente comediante, como se pode ajuizar por três filmes. Em 53 foi "Gentlemen Prefer Blondes" de Howard Hawks e  em1959 seria "Some Like It Hot", também de Billy Wilder.

terça-feira, março 08, 2011

Sex and the City - the TV series

Tendo em atenção a mediocridade e idiotice dos filmes homónimos vale sempre a pena ver a primeira série de "Sex and the City" e lembrar como esta série FOI espectacular!



Fevereiro 14-28.

An underbridge rainy day...
Um Jorge Molder antigo...
"Baixa as expectativas e sonha mais alto!"
Ribatejo in a rush!
Back home, babe!...
Black mood...
Back in business? Not quite...
Game of light and mirror...
Egoïste Fa...

Uma pequena recaída.

Num intervalo entre filmes tive uma pequena recaída na livraria Almedina. Comprei um livro porque era da lista do Natal 2010 portanto, outro porque era poesia muito boa logo está fora do contexto, outro ainda Yourcenar ora Yourcenar, finalmente um de divulgação e divulgação já sabemos que, e por último um que vou oferecer e que termina assim:

"Nós só perdemos aquilo que não damos."

Percebem porque vou oferecer este livro? Não compro mais livros este mês, juro!

Somewhere 2010

"Somewhere", a última fantasia visual de Sofia Coppola, está mais ligada a "Lost in Translation" do que se calhar parece à primeira vista. Sendo que as fantasias de Sofia são sempre também auditivas, de tão cuidadas que são as OST - neste caso temos... Phoenix!
Sofia Coppola é uma californiana, donde uma mulher devotada ao oceano Pacífico, aquele pequeno lago que fica justamente entre Los Angeles e... Tóquio!
Um título alternativo para "Somewhere" podia ser... "Lost!". Johnny Marco, grande estrela de Hollywood, adormece a ver striptease, no meio das pernas de alguém, etc., etc. Tem, vagamente, uma filha de doze anos - a lindíssima menina Ellen Fanning- e é esta que, entre cozinhados e as pequenas actividades prepúberes do costume - Wii, piscina, aulas de patinagem artística, pinguepongue, cozinhar para o papá... - vai lembrar a Jonhnny que há uma vida que pode ser vivida, fora do seu Ferrari, et al.
O filme é afinal só isto, e passeamos entre a ternura e o anedótico,entre o sublime e o nada. Acaba por ser um pequeno filme, bem menos espesso que "Lost In Translation", e muito menos arriscado que "Marie Antoinette". Digamos que é Sofia Coppola em velocidade de cruzeiro. Donde excessivo o Leão de Ouro veneziano.
Mas o filme vê-se bem, e Ellen Fanning...

Blue Valentine 2010

Quem é este realizador? E - aqui, sim, defeito meu - estes actores? "Blue Valentine" aterrou à minha frente caído do nada e, aproveitando-se da minha presente fraqueza, induziu-me ao seu visionamento. Fooled me right? I should have known better...
O que é a história de "Blue Valentine"? O título curiosamente diz tudo, embora às vezes não pareça. Nestes dias de hoje onde tanto pretendemos dissecar e decidir friamente as nossas relações, em paralelo o dia de S.Valentim, para mim um heterónimo auditivo do Charlie Brown, cresceu, cresceu, cresceu até se transformar num monstro publicitário das bolachas. "Blue Valentine" é uma história de amor gone bad. Eis o nosso filme. Sendo que o amor aqui transmuta-se em casamento, há uma filha, muita hand held camera, ecos de Cassavetes, flashbacks, fogo de artifício, um motel do-outro-mundo. Yes, folks, há o pão QUENTE do romance inicial e PÃO DURO do casamento azedo meia dúzia de anos depois, corta-se em fatias e mistura-se para dar cento e vinte minutos: pão quente, pão duro, pão quente, pão duro, pão quente...
Agora a sério, este é um filme interessado e interessante. Que não teoriza, não demonstra, não hiperboliza, não desmonta. Faz-se filme a sério quando Dean pede a quem o vai abandonar que se lembre: "(...) for better and for worse, remember? This is my worse, this is my worse, but I'll get better, I'll get better! Just tell me how...". Estas palavras resumem o filme, foram as que ficaram. Tradition isn't, etc. Afinal, em que ficamos?
PS.: gostei do filme. Até porque sabe acabar bem, coisa que particularmente aprecio. O resto é romance... cada um toma a dose que quiser.


BLUE VALENTINE: Movie Trailer. Watch more top selected videos about: Ryan Gosling, Reila Aphrodite
 

Caos Calmo 2008

Nanni Moretti é a prova provada  de que a Itália ainda vale a pena. Mas "Caos Calmo" não é um filme de Nanni Moretti, ou pelo menos não é realizado por ele mas sim por Antonello Grimaldi. Quem?... O personagem principal é representado por N Moretti, que é co-argumentista...
O "Caos Calmo" acontece porque Pietro perde a mulher num acidente doméstico enquanto está na praia a salvar uma estranha de se afogar - uma situação muito Morettiniana, e fica com uma pequena filha. Pietro é um executivo de uma grande empresa. E decide passar os dias a esperar - na praça em frente - que a sua filha saia do colégio, depois de a deixar nele pela manhã - óbvio complexo de culpa por não ter estado no sítio certo quando a mulher Lara caiu...
Este filme roça aquele arquétipo da produção europeia qualidade plus correcta, e por isso no co-starring está Valeria Golino, Alessandro Gassmann e até... um cameo por Roman Polanski! Os carros são sempre topo de gama, a segunda habitação também. Moretti/Pietro passa a fazer a sua vida naquele jardim. Resolve os seus negócios por telefone e almoçando com a secretária. Superiores, amigos e inferiores vêm pedir-lhe opinião, defender pontos de vista, oferecer promoções. Por outro lado, a sua dedicação à filha, o seu "estado peculiar" começa a ser comentado, conhecido. Faz amizade com a malta da zona, claro, como bom italiano.
Como se resolve este imbróglio? Pietro/Moretti literalmente fode a mulher que salvou de morrer afogada - a amante do seu futuro patrão? - uma forma muito masculina de seguir em frente. Depois, a filha diz-lhe que as amigas já se riem dela por o pai "não lhe desamparar a loja", ao que ele, que parece ir aceitar uma boa promoção, acede a não ficar mais ali pelo parque para sempre. A vida continua... Moretti sai da rua.
Como não é um Nanni Moretti, repito, é só meio, este é um bom filme. Reflexão divertida, não demasiado pesada, bem construída, sobre o luto e a gestão daqueles tempos em que precisamos parar - meses, às vezes - para depois seguir em frente. Vê-se bem, e Moretti é um óptimo actor. Até quando fuma ópio e protesta porque a droga não funciona: "Não bate, não bate!..."