quinta-feira, março 17, 2011

Unfinished sympathy



Ontem, enquanto conduzia a Catarina para a sua aula de violoncelo, conversávamos. Comentávamos o facto de o pai de uma amiga esperar por ela no carro à porta do ATL enquanto eu, mais interventivo e apressado, entrei, chamei, fui à procura. Pai que conheço, de quem me posso dizer amigo. Vai a Cata de dizer que este meu amigo se parece com outro amigo recente, também pai de uma amiga dela, esta compincha dos cavalos. Parecença que me pareceu ténue, mas opiniões são opiniões, e o que neles coincidia logo me foi explicado por Catarina: "È que eles os dois ficam sempre a rir quando falam contigo!"
Demorei a perceber que tinha recebido um elogio, e vindo de quem! Demorei, porque estes tempos não serão para rir, e nestes tempos vence quem não ri, ou quem do riso tem a posse e o gatilho, fazendo a gestão da escassa prole. A posse do humor é também um poder, como outro qualquer. E não, pensando bem, estes tempos são do mais cómico que já se viu. Por isso não paro de rir, e quem é meu amigo comigo. E assim vai continuar a ser, desde já aviso. Embora eu saiba que o clip acima, como aliás os tempos que correm, não seja festivo...