Casa Albano
Em Matosinhos a necrologia é afixada na Casa Albano, esquina de Brito Capelo com a Rua do Godinho. A Casa Albano é a casa de lotarias de Matosinhos, o que não deixa de ter a sua lógica.
um blog discreto e inofensivo, que aspira suavemente pela primavera enquanto estes dias são do mais puro inverno
Em Matosinhos a necrologia é afixada na Casa Albano, esquina de Brito Capelo com a Rua do Godinho. A Casa Albano é a casa de lotarias de Matosinhos, o que não deixa de ter a sua lógica.
“Eu elegeria como primeira coisa a fazer o debate, a luta imediata contra a corrupção. Importantíssimo, o exemplo do Estado, os gestores das grandes empresas têm que ter as mãos limpas, os dos bancos. Os professores têm que ganhar mais para terem vidas mais dignas, para poderem viajar, comprar livros, para nunca pararem de aprender e poderem transmitir os seus conhecimentos. Sem o entusiasmo das pessoas, não há país que avance. Sem arte e sem cultura os países são tristes e não produzem nada. Sem a solidariedade para com os mais velhos e os mais pobres, somos todos uns canalhas. Um país de canalhas é um país que não vale nada."
Há aproximadamente dois minutos a internet avisou-me de uma possível quebra de ligação.
"O PS e o PSD não se diferenciam essencialmente em nada, a não ser na questão do TGV (sorrisos dos presentes...)!"
A minha amiga Maria Emília tem uma recidiva abdominal dum melanoma, está contente, a quimio já parou, engordou três quilos, trabalha.
910 930 930 - fácil de fixar por se nos morre de repente alguém.
Um Citroen AX.
Pronto, vai ser assim um tema do sonywalkman para cada dia útil de trabalho da semaninha. E para amanhã já adianto um Caetano da última apanha, Zii e Zie. Reparem na letra - os poemas de Caetano são sempre... demais.
Os Arcade Fire já despertaram - "cá" e "lá" - paixões tão extremas que até um bloguista da nossa praça os comparou a Agustina Bessa Luís. Passe os exageros e boutades, são do melhor que o século este botou cá para fora, esta torch-song do seu famoso disco Funeral, 2004.
O "defunto" Maxwell - desaparecido ao que parece - foi, enquanto durou a coisa mais deliciosamente dançável da New-Soul - este tema é de 1996. Dançemos portanto em memória de.
Eu estive nesta digressão do Zé Mário Branco, e acho que este Ao Vivo em 1997 é um must. A Cantigo do Trabalho, é, creio do tempo dos GAC, e mais não digo, é ouvir. Um génio da música portuguesa.
Os Fujiya @ Miyagi já forma referidos neste blog: trata-se de música pop alemã feita por ingleses, aqui o 2º disco, Lightbulbs, de 2008. Este tema, não sendo dos mais imediatos serve para explicar o ambiente.
"tenho um mamilo sempre erecto e
"Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto."
Estou a tentar por música no blog pela primeira vez. Os temas escolhidos são "randomizados" do meu Sonywalkman (sim, claro que eu não podia escolher com iPod com o resto da humanidade, até porque eu já tive um Sony Walkman antes...). Com tempo melhoraremos embora nunca atingindo o nível da Radio Blas do meu amigo Señor Blas!
Os DJ Food, ou Coldcut, se preferirem, editaram um álbum em 1996, Refried Food com remisturas por outros DJ's da sua música. Estavam lá "todos" os que ream alguém então: Herbert, Luke Vibert... Não resistiram porém a apresentar um dub dum tema seu pretérito, este "Spiral", donde o verdadeiro nome disto ser "Spiraldub".
Luomo é o disguise de um DJ finlandês de grande saída neste nascer de século. Estamos aqui no seu último álbum, Convivial.
Ashley Beedle nos Black Jazz Chronicles em homenagem a Fela Kuti, 1998, álbum Future Ju-Ju.
Scritti Politti em 2006 no álbum White Bread, Black Beer. Green Gartside aos 50 anos a cantar (ainda) como um adolescente.
Etiquetas: música
O meu nome é Ferida, Ferida Calo. Pinto a manta. Eu explico. Nasci em Arraiolos, na minha juventude sempre me dediquei à apanha da azeitona. Muita desta azeitona não era minha, tinha então que fugir, percebem, várias vezes caí da oliveira, à quarta queda fiquei numa cama, daí estar um pouco marrequinha, eu não me queixo. Também apanhei com um seixo entre as sobrancelhas, ficou um risco escuro assim como uma prateleira sobre os olhos piscos, também não me queixo. Por isso dizem que eu me calo, daí o apelido. Sim, porque de pai e mãe eu sou ali da família dos Incógnitos, mais para o Redondo embora tenha aparecido aqui em Arraiolos, quando eu disse nascida não terá sido bem… ninguém sabe, nem eu. Comecei a pintar a manta bastante mais tarde, depois de ter sido adoptada por um homem aqui da terra para funções não abrangidas pela convenção de Genebra. Ferida tinha ele, dizia, como um cão a ganir, a ganir, e eu era o calmante, sabia a vila toda, fiquei a ser conhecida como a Ferida Calo, dizem que hoje os meus tapetes são os mais bonitos da vila, não sei, os motivos parecem-se bastante com os de uma tipo ali de Lisboa ou de Londres, a Paula Rego, é tudo raparigas feias com pernas abertas e tal, vá-se lá saber porquê, para quê, etc. Mais não digo, porque me calo.
Etiquetas: piadinha
Mãe que Levei à Terra
Etiquetas: livros, transcrição
Hoje surgiu-me de repente este trocadilho sobre uma conhecida figura pictórica: a "Ferida Calo" - "Ferida" de 1º nome, "Calo" de apelido!
Etiquetas: nada
Já todos ouvimos falar do jovem médico em formação no serviço de Cirurgia Torácica que esteve algum tempo em greve de fome encerrado numa sala dentro do Hospital de São João. Conversei este dias um bom bocado sobre este tema com um amigo meu, médico, e esta conversa ajudou-me a ter ideias mais claras sobre o acontecido e o que ainda está a acontecer.
Etiquetas: nada, o amigo médico
“Eu conheço-o de algum lado” “Não se lembra?” “Eu estive internado no Magalhães de Lemos, no Conde de Ferreira, na Psiquiatria – sabe, eu sou irmão de...” Ele era irmão de. Eu não tenho irmãos. Ele viu-me, sim mas, num internamento psiquiátrico – que vês? E que reténs? Qual a “memória futura”? Aí começou a formar-se uma segunda hipótese, menos racional mas estava ali, crescia, que podia eu fazer. Seria este reconhecimento através da irmã? Seria possível que, mais ainda estando eu a ser interpelado por um homem considerado não no seu perfeito juízo, que a sua mente, literalmente descontrolada ou seja, capaz de coisas que em outras pessoas não teriam cabimento – cabem, não cabem, porque várias portas estão fechadas, cimentadas, coisas como alucinações, vozes, ordens, transmissão do pensamento, hummm... Porque sempre teremos que assumir que estas coisas não acontecem? Porque vamos nós os pobres normais fazer tímidas investigações em impostores e fraudulentos quando ao nosso lado – “Não a conhece?” - à nossa frente pode estar um homem que recebeu informação privilegiada da irmã sobre mim sem o escrever de uma letra, sem o mover de lábios... ok, não privilegiada mas mesmo assim...
Etiquetas: fala
Para calar a boca: rícino
Etiquetas: música, transcrições
Etiquetas: férias, fotografias
Etiquetas: férias, fotografias
Etiquetas: férias, fotografias
De Pamplona chegámos já de noite a Ordesa. Ordesa, esclareça-se, é muitas coisas. Começa porém e termina sobretudo por ser um grande vale de origem primariamente glaciar no Pirinéu Aragonês, cara sudoeste do maciço do Monte Perdido, 3ª cota mais alta dos Pirinéus (3355 m). O vale tem portanto uma orientação predominantemente para poente, com vertentes rochosas delimitantes de aprox. uns mil metros de um e do outro lado. Sendo um vale de uma beleza natural estonteante dá portanto nome primeiro ao Parque Nacional del Valle de Ordesa y Monte Perdido.
Etiquetas: férias
Não tenho palavras, nem entendo
Etiquetas: livros, transcrições
(...)
Etiquetas: o amigo médico, transcrições