Férias
Ah, férias...
um blog discreto e inofensivo, que aspira suavemente pela primavera enquanto estes dias são do mais puro inverno
TENTATIVA DE CIÚME
... mandou-me esta música...
E no meu aniversário (18/03) comemorou-se pela 1ª vez o Dia Europeu da Narcolepsia!
Pois hoje foi (também) o Dia Mundial do Sono.
Tens Pequeno ou Grande?
Reaprendo o transporte público que me solavanca em direcção a nada nem ninguém. E nesta curva de empedrado o autocarro arranca e acelera e eu também sinto o coração a acelerar, os bolsos abertos pelas pedras que caíram, o empedrado explicado. Olho para fora e também eu faço esta curva em subida, mudo as perspectivas, ganho uma nova visão. Fecho os olhos. Não era bem isto o que eu queria. É costume nestes momento dizer isto, certo? Do bolso caiu também um papel que era o meu. Pequeno, meu. As falas, lembras-te? Era almoço e falavas. Shh... Tento ouvir ainda. (Carlos Bica - Believer)
Alice inWonderland por Tim Burton é um filme que vale a pena ver. Escolhi esta crítica do Washigton Post para discordar dela. Este filme vale pelo seu visual, claramete, e por três ou quatro personagens: o Mad Hatter de Johnny Depp, Alice, e sobretudo a Rainha Vermelha de Helena Bonham Carter. Sobre a Rainha Branca tenho as minhas dúvidas.
Os Leftfield fizeram esta preciosidade no mesmo ano de Dummy, dos Portishead. No entanto este também é um forte candidato a disco da década. Esta escolha explica as minhas dificuldades em relação ao período 2000-9. A sua qualidade, coerência, ecletismo e forte punchline são inultrapassáveis. Ouve-se que é um prazer. Hoje a Circunvalação foi assim mais fácil.
Dos vários tons de cinzento escolhi um, demorou-me um bocado a escolha, mas como defini-lo como chamar, é.. "cinzento", "cinzento", não me sai outra qualificação. Espera, isto com dois ou três poemas explica-se melhor. Eu já venho.
DISTÂNCIAS
Tinha este caixote lá em casa atrás bem fechado e fui-me pôr a desempacotar umas quantas coisas. Não sei quando terminarei, não sei.
A diferença entre o ano passado e este é que o ano passado o melhor jogador do campeonato era Lucho González, este ano é Saviola! Ver este link do Publico, confirmativo.
Decorre da geografia onde decorre (!) habitualmente o meu "pequeno" assistir ao diário espectáculo da multa à porta do centro comercial acarrapatado ao Hospital de São João, sítio onde, como sabem, não trabalho.
Ao pequeno-almoço é hábito meu pedir que a meia de leite seja morna. Raramente o é. Já por outro lado, no estabelecimento onde ultimamente tenho tomado o "pequeno", alguém decidiu que eu gosto da meia de leite "escura". Coisa que eu nunca pedi nem prefiro.
Rosa Diez é um produto recente da política espanhola, uma espécie de nem carne nem peixe com alguma deriva centro-populista, um aborto que curiosamente e, enfim, suspiremos, porque Espanha seria diferente de outros países, a senhora é muito popular. Resulta que, quando quer menosprezar alguém, chama-lhe "galego"! Filha da puta! Ver link sobre escrito por Manuel Rivas.
O texto que já citei do blogue poesia & lda resume bem a crítica possível ao livro "definitivo" de Joaquim Manuel Magalhães.
"When she got back to the Cheshire Cat, she was surprised to find quite a large crowd collected round it: there was a dispute going on between the executioner, the King and the Queen, who were all talking at once, while all the rest were quite silent, and looked very uncomfortable.
Nem sempre adiro incondicionalmente à poesia de Al Berto. Concedo porém ser um grande poeta. Um pequeno problema de transmissão de sensibilidades foi o ter penetrado na poesia deste malogrado poeta (anacronismo interessante, não?) muito através do livro "Três Cartas da Memória das Índias", um conjunto de três poemas que serão talvez a poesia mais arrumada que Al Berto escreveu. Tivesse eu entrado por "Salsugem", por ex., escrito pouco antes, e a conversa seria talvez outra. A poesia de Al Berto é a poesia da margem "de uma certa maneira". E ao reduzi-la a um ostensivo e baixo lugar comum acrescento que só se sairmos dessa margem conseguiremos obter a melhor poesia, aquela que não necessita de margem nenhuma para ser enorme. Nem sempre Al Berto foi por aí, mas muitas vezes esteve lá. Na minha opinião, os três poemas largos de que falo são do melhor que se escreveu nos anos oitenta em poesia no rectângulo, e isto não é dizer pouco.