segunda-feira, março 08, 2010

Toldo Vermelho - 2

O texto que já citei do blogue poesia & lda resume bem a crítica possível ao livro "definitivo" de Joaquim Manuel Magalhães.
É penosa a recuperação dos poemas que, por ex., muito recentemente transcrevi neste blogue, pois deles nada resta agora, neste rasurar radical executado pelo seu autor. Trabalho a evitar, desistência obrigada.
Como também é rematado no texto acima, concordo que o que parece ter acontecido é o autor destes poemas ter resolvido explodir com a memória subjacente às estórias subtextuadas, e refazê-las como esqueletos, como disparos contra a parede (contra nós?), antitextos.
Um exemplo:

"O embate infiltra
uma cólera sã,
decompõe-se.

Jugo de um grito.
Corrimão impiedoso.
O viaduto entumecia.

Cureta. Subtil
alicerce, provação."