Machado is back!
"Parafraseando uma pessoa com quem não tenho relações, nem sequer simpatizo, ganhar a um grande em Portugal ou se faz pelo esmagamento ou então só na playstation!"
um blog discreto e inofensivo, que aspira suavemente pela primavera enquanto estes dias são do mais puro inverno
"Parafraseando uma pessoa com quem não tenho relações, nem sequer simpatizo, ganhar a um grande em Portugal ou se faz pelo esmagamento ou então só na playstation!"
Com três letrinhas apenas logo surge a subtil referência ao triângulo doirado... mas, ah! não, falo da publicidadezinha que agora decidiu aparecer neste blog. Explico: vão congelar o meu ordenado este ano. E, suspeito, o próximo, e o a seguir... Fixe que não se perspectiva desemprego, portanto, alegria! A publicidadezita... bom, descarto qq responsabilidade sobre a mesma com a excepção de a ter permitido. Lógica teria que fosse sobre produtos de regeneração capilar, mas parece que não posso escolher. Nem nada que prometa a ninguém visitas grátis ao doirado tri... Ahemmm!
José Gomes Ferreira.
Já antes assim me dei por definido:
"Ademais, nenhuma escuta logra ouvir o que nos vai no coração."
João Paulo começa a ser o pianista português de jazz de quem se fala. E agora há mais duas razões para tal.
Eu continuo a achar que o jazz português está o máximo! E agora aparece-me este curiosíssimo projecto de tuba, guitarra e bateria - daí o nome - onde o jazz, o vagamente-rock e o improviso passeiam ao impulso de Sérgio Carolino - tuba, Mário Delgado-guitarra e Alexandre Frazão (vulgo deus...) na bateria...
Agora que a Assírio & Alvim mandou cá para fora um Poemário Cesariny, um Diário Cesariny, um Caderno Cesariny, só falta mesmo um Pacote de Lenços Cesariny para a linha ser completa (nojo, que nojo, mas eu sei que Cesariny rir-se-ia indiferente a tudo isto...), lembro o completo retrato do Cesariny enquanto jovem feito pelo ignorado Raul de Carvalho:
"—Perdóname, Giacomo, amor mío —le susurró—, si mi amor es mucho. Sé que es un delito y un pecado. Debes perdonarme. Muy pocos aguantan el amor pleno porque significa siempre un deber pleno, una plena responsabilidad. Y ésos son mi único delito y mi único pecado contra ti; perdónamelos. Nunca te pediré más. Haré todo lo posible para que no sufras por ello. ¿Tienes miedo de despertar, miedo del aburrimiento que un día te oprimiría el cuello con sus manos húmedas si estás a mi lado?... No tengas miedo, amor mío, porque ese aburrimiento será divertido y alegre, será como desperezarte y bostezar; el aburrimiento poseerá un contenido y un sentido: el de que yo te ame. Tú ni sabes ni puedes saber lo que significa ser amado. Debo explicarte en qué consiste el amor porque no sabes nada de él."
Fiz deste poema um credo,
De ti não vejo como virias pôr ordem
Já o disse anteriormente, estes últimos anos tenho sido agraciado preferencialmente com a visão de filmes de animação para crianças, e o resto do cinema com frequência tem-me passado ao lado.
Assim dirão de mim: morreu jovem - isto espero.
Por ti travei
Estava eu estupefacto perante este resultado com uma equipa da 2ª divisão, quando reparo na formação e noto a defesa-central: Anderson Polga...
A propósito deste link não posso deixar de tecê-las, as considerações.
E nesta sequência de requintes gustativos tinhamos que coerentemente rematar a santíssima trindade trasmontana falando do rectângulo (forma frequente, mas há outras) do nosso contentamento. Assim é também o nosso país, e percorrendo-o - o país, o Folar - defrontamo-nos com uma harmonia de tecido sem demasiadas angulosidades gastronómicas, com ocasionais epifanias provocadas pelos nacos de presunto e outras coisas do porco a rechear - o Folar. Uma pedregulho de comida que é um sustento, nem outra coisa podia ser, para não se perder tempo. O Folar é para ser comido por gente de trabalho. É uma homenagem. A massa, o pão, imbuído de um leve - tem que ser leve - aroma às ditas epifanias, é de artista. A consistência uniforme, solta e firme a um tempo, fornecendo um som de fundo lipídico que nos lembra ao que estamos. Assim é o Folar de Chaves e assim este nosso país, repito, preso de uma certa uniformidade de povo, de vento, de mar, mas com as ocasionais epifanias de Obra, de Terreno, de Gente, que tudo compensam.
Sendo um usuário frequente dessa aberração futurista chamada micro-ondas, venho daqui fazer um apelo: meus amigos, as Alheiras são melhor preparadas num forno, com um mínimo de azeite, quanto baste para a abertura. Há quem acrescente o ovo estrelado a posteriori, idiosincrasias impedem-me o acórdão, mas concedo. Claro que o ovo entra numa alheira que é frita, uma segunda hipótese de ocupação, melhor que um micro-ondas, mas não a referência. O resto, o arroz, uma batata, só acrescenta a esta iguaria de origem judaica cuja riqueza no paladar é inigualável. Falei da abertura pois é uma alegria gastronómica que elas "estourem", derramem algo do que está em posse pelo chão da peça de barro vidrado em que foram atiradas à "furna". Uma verdura também convém, corta e completa. Uns grelos no ponto servem perfeitamente.
Existe o pastel de carne... e existe o Pastel de Chaves. Não vou falar da origem, não me pronuncio sobre onde melhor comprá-los. É falar com alguém da terra, é assim que eu faço. Agora para algo completamente diferente: o Pastel em Si. Vejamos a forma. Oblonga, simpática sem ser servil, presta-se a uma adequada aproximação oral, com ou sem o contacto imediato com a carne de vitela condimentada que contém. Podemos escolher. Por outro lado, a meia lua folhada que delimita é de si um portento de energia sob a mais sincera das suas formas: a lipídica. Se aquecido, o pastel reluz o que oferece: gordura, e daí não vem mal ao mundo. Agora comemos, logo gastamos, eis uma regra de fácil apreensão. Este é o pastel salgado por excelência, para mim. Uma refeição pode ser, um entremês ou um capricho. É sempre uma mais-valia, com hoje é dito. Esquecendo a abominação da expressâo, confirmo. E uma delícia!
(Abominável Homem das Neves)
Voltou a falar-se de raspão do feminismo.
Tinha-me esquecido de Hable Con Ella. Como foi possível? Gosto muito de Pedro Almodovar. Até aqui o meu filme favorito era Que Fiz Eu Para Merecer Isto? Ainda é... mas por muito pouco.
O amor (se existe) será como um Deus, cujo nome deve ser pronunciado baixinho, e a imagem respeitada, talvez até proibida. O amor é capaz, se o é tem que ser capaz, de tais extremos que o criar a imagem desses mesmos extremos é atraiçoá-lo, metê-lo dentro de uma caixa, não mágica. Tal o filme “O Leitor” para o livro “O Leitor”. Apesar de Kate Winslet.
"O Dia Em Que Faremos Contato", disco e (excelente) trocadalho como eu gosto, é de 1997. Não sei muito bem o que é feito deste gato, mas agradeço-lhe esta e algumas outras canções.
Younger than Today é uma grande canção e está num album que no geral desliza muito bem. Grande homem! Ouvir e reouvir!
São duas gruas. De uma delas não vejo o braço, só o trabalho. A distância impede o esclarecimento. E qual é este impedimento? Não sei se estas duas máquinas estão empenhadas em uma só construção, se duas. Sequer se o que acontece é uma construção ou não, alguém a fazer, alguém a desfazer, acontece, sabemos. Sobem, descem, os guinchos, os cabos, dançam ao frio e ao vento matinal. Ao longe, assumo, o Tejo, não se vê.
Numa resposta a um tonto, Antonio Muñoz Molina explica no El Pais esta história dos direitos de autor às criancinhas.... e, de paso, a todos nós...
"Para ser moral basta proponérselo; para ser inmoral hay que poseer condiciones especiales."
O álbum de 2008 dos The Raconteurs, banda de Jack White e Brendan Benson, chama-se "Consolers of The Lonely". É regularmente irregular, mas este tema é um tiro certeiro! A ouvir e ouvir!
"En estos tiempos inciertos en que vivir es un arte", é para mim um supremo gozo saber que a "minha" Galiza produziu para gozo meu, gozo nosso, gozo de todos, gente como o escritor Manuel Rivas (foto), corunhês de Montealto, e o desenhador Miguelanxo Prado (vinheta), também... corunhês! No fim do ano que passou Rivas foi admitido na Real Academia Galega da Lingua, Prado na Real Academia Galega de Belas Artes. Não importa. É que não importa mesmo!
Eu já faleia deles a propósito de um disco de que muito gosto, "Discipline". No ano a seguir editaram "Heartbeat", disco mais heterogéneo, mas onde sobressaía este improvável micro hit, uma grande canção! Quando se fala dos anos oitenta, fala-se dos anos oitenta que contam?
Esta aprendi-a em 81 com o António Sérgio, claro! The Sound, um grupo britânico que, graças a ele sempre teve um culto especial em Portugal e que no início dos 80 tinha um som muito bom. Pegando na letra da canção, esta explica como se aprende a ganhar... actual, muito actual!