sexta-feira, janeiro 22, 2010

Incomparável

Já o disse anteriormente, estes últimos anos tenho sido agraciado preferencialmente com a visão de filmes de animação para crianças, e o resto do cinema com frequência tem-me passado ao lado.


Isto para dizer que, a propósito de conversa recente, lembrei-me (outra vez) do filme Monsters Inc / Monstros e Cia, da Pixar. Para quem não sabe, neste filme a história gira à volta de um achado: existe uma cidade dos monstros, cuja energia nasce dos sustos que eles conseguem pregar todas as noites às crianças do planeta Terra. Noite após noite após noite. Curiosamente as crianças são consideradas pelos monstros em si tóxicas, venenosas. Acontece que uma criança, Boo, consegue passar “a porta” que separa o mundo Terra do mundo Monstro, e tudo acontece. Uma das coisas que acontece é aprender-se que o riso produz muita mais energia que o susto, e Boo… ri desalmadamente…

Disto falo, do riso e do sorriso, primos irmãos, da mesma família. Gestos, rictos, esgares que carregam uma responsabilidade revolucionária, com a diferença de não ser responsabilidade coisíssima nenhuma. Que foda é a vida! Que foda! É uma foda fantástica! E com esta bola de pêlo no pensamento… está definida a vida, da vida os dois lados. Agora pensem comigo, ó gente a vários níveis pensando: inventemo-nos um filme onde uma bola de ténis sobe e desce de uma a outra mão, e da vida tratamos, a bola que sobe a bola que desce. Lembramo-nos da bola a subir, sorrimos. Sabemos que a vamos apanhar e voltar a atirar, sorrimos. Estamos com ela lá em cima, olhos bem fechadinhos, e o riso é infindo. Este poder, meus filhos da puta, é incomparável!