JS
Estou mesmo, mesmo, mesmo, mesmo, mesmo farto de ouvir falar o Sócrates.
um blog discreto e inofensivo, que aspira suavemente pela primavera enquanto estes dias são do mais puro inverno
Eis uma derivação verbal que para muito serve. Se o jogo é duro e servido pelo meio, temos o carregador de pianos. Se escasso e maduro para ser virado na segunda parte é preciso um carregador de telemóvel, já que é preciso telefonar a pedir instruções. Se a encosta é empinada e o sol incide com o ângulo certo e adequado para queimar, necessitamos um carregador dos antigos, que levava uma arca às costas com o enxoval.
"Ulisses, quando viu a ilha ao fundo do horizonte foi vê-la e reparou que tinha uma estranha forma de barco. E Ulisses afirma para os marinheiros:
A felicidade está onde a pomos.
Pois sou. Sou aliás conhecido por pensar muito, demasiado até. Penso, penso, penso. E não páro de pensar. E sou eu a pensar. Sempre tem sido assim. Vês? Eis a cabeça que pensa. Anexos os olhos, a boca, os demais sentidos, sentires. Na prática eu estou todo do pescoço para cima, se pensarmos bem. Desculpa, mais uma vez fui eu a pensar. Desculpa. Mas o pensar é sempre um acto isolado. Há mais, mas este é um. Nunca acreditei muito no pensamento colectivo. Sempre que uma manifestação interrompia o trânsito eu pensava: "não pensam... alguém pensou por eles!" O plano não é que pensem por mim, e pensar comigo não está descrito, não existe. E se queres saber o que eu penso...
Claro, com que coisas querias tu que eu estivesse? São as minhas coisas, reproduções em pequeno de mim, o que falo, o que visto, o que mexo, o que transporto, o que deixo ficar mas não esqueço. Sou eu. Deixo de existir? Abdico da natural expansão de qualquer ser humano criando em objectos reflexos de si, dourados ou não mas sempre sempre com aquela cor que dentro queremos ter, julgamos ter, sonhámos ter? Não, meus amigos, nem pensar! Vou estando, sim, vou estando. Rodo e translacciono, porque um planeta a tal me obriga. E algo mais faço mas só se com as minhas coisas. Com elas estou e estarei.
Há grande variação nas metodologias de namoro. Não há grande variação nas metodologias de não namoro.
Dos planetas diz-se que entram em conjunção e que mutuamente se potenciam, pobres bolas complexas a vogar por entre restos do pó primeiro.
1.
Isto dos nomes compósitos tem a sua coisa, tem o seu diestro. E terá o seu estro. E o esquerdo e um direito.
follheei o último Bilal. O desenho repete-se, é certo, e a temática possivelmente banaliza-se ao atacar o câmbio climático. Começa porém com Baudrillard: "água em pó: basta juntar água e obtém-se... água!".
Por exemplo: "foda-se, já outra vez a festa da Senhora da Hora?" ou "a solução podia ser esta praia, podia ser esta praia a solução" ou ainda "define-me... duro!" ou outra vez "eu, que devia ir tratando daquilo que é meu, que sou... eu!" e finalmente "daqui a pouco é o Senhor de Matosinhos...!"
6ª feira passada foi um dia atribulado, decidido em cima do joelho. Foi também um dia em que, algo contrafeito, fui a uma reunião de pais da turma da minha filha, convocada pela directora de turma, julgo que apenas e só por estarmos no início do 3º período do 6º ano - onde há umas provas de aferição - que como sabemos, para nada servem.
Film "Falling In Love" by Ulu Grosbard
Canto, os ardis em baixo. Virá o veneno mas em pequena dose e será demais. Nada temas, eu saio, eu já estou a sair. Vês? Saí.Podes voltar para a tua cesta, fechar os olhos, os dentes. Fechar os olhos.
Burt Bacharach e Elvis Costello fizeram um album de uma qualidade imaculada em 1998. BB não gravava deste 1977. Este vídeo demonstra a grandeza da música em questão.
Tenho sono. Ouço música daquela para acordar. Apareces-me pela frente como se fosses um powerpoint.
Também tenho conversado um pouco com o João Miguel sobre tudo isto. Ele ouve-me, é certo, mas depois não diz nada...
E portanto eis a versão Isaac Hayes - a mais curta - soberba, outra música, como disse.
Comprei recntemente da Rhino Records uma caixinha com 5 - 5 mini CD's dos anos 60 da Dionne Warwick - anos do seu lançamento a cantar os moços acima.
O meu amigo, médico, às vezes também me conta histórias algo mais engraçadas das suas lides de que anda algo retirado. Pelos vistos uma vez tinha ele na sua enfermaria um arquitecto algo famoso da nossa praça, com uma complicação médica já própria da sua avançada idade... Estava a trabalhar no processo de outro doente o meu amigo quando vê o genro do arquitecto avançar para ele com aspecto algo compungido e dizer-lhe: "Permite?" "Sim..." "Eu precisava de fazer um xixi, estou aqui um pouco apertado.. como sabe estou ali a visitar o Mestre...Z e a sra. enfermeira disse-me que se queria urinar tinha que ir lá abaixo ao átrio... tem mesmo que ser assim?" "Sim... tem... as casas de banho disponíveis são infelizmente só para doente umas, para funcionários outras... lamento!" Enfim, o meu amigo não lanmentava por aí além... "Mas uma pessoa está aqui com o Mestre...Z e fica apertado... entenda-me..." "Eu entendo... mas não o posso ajudar!"
É o Barça de Messi! Os 4-1 contra o Arsenal e o poker de golos de Messi explicaram tudo.Foi Messi mas também todos os outros. Claro que é possível destruir o jogo do Barça - aliás a única hipótese possível - e é isso que Mourinho vai tentar, mas talvez o Bayern de Van Gaal seja mais dotado para conseguir... Agora o certo é que a medida é esta - a EQUIPA EUROPEIA do momento é o Barça, aconteça o que acontecer no Santiago Bernabéu no jogo com o Real, até porque o campeonato espanhol até já é pequeno demais para tamanha qualidade de jogo!
The Doors, Amon Tobin, Stervie Wonder, John Cale, Digable Planets, José Mário Branco, Paul Murphy, Al Green, Baaba Maal, Billy Bragg, Cat Power, The Divine Comedy, Invidea (Indiana Cafe), Jurassic 5, Isaac Hayes, 4Hero, Jean-Michel Jarre, Alenko Brotherhood Ensemble.
Um amigo meu, médico, leu esta notícia no Público e atribuiu-lhe bastante qualidade. Foram tidos os criminosos do costume, Lobo Antunes, J e Serrão, D. Mais uns quantos que esses sim disseram coisas interessantes. Mais ainda, o artigo evitou cuidadosamente a palavra "encarniçamento", que recentemente se tem vindo a aplicar às situações em que o médico prossegue terapêuticas que afinal apenas prolongarão o sofrimento de um doente.... final. Encarniçamento é uma palavra muito feia. E enviesada. A morte está muito pouco na Medicina como pouco está na Sociedade. Hoje ninguém morre em casa, todos morremos no hospital. Mas o meu amigo médico poupou-me a prosseguir este também repetido raciocínio. "A morte? Queres que eu te fale dela? Olha, era eu muito novo e fazia urgência num grande, grande hospitaL. Ainda não havia INEM, os doentes chegavam da rua virgens de qualquer medida terapêutica ou manobra de ressuscitação. E havia que fazer alguma coisa, e fazias. E fazias e fazias e fazias. Mas era sempre tarde demais. Cheguei a assinar até quatro certidões de óbito numa noite, acho que foi o record. Novos e velhos. Por isso nunca me apanharás a dizer - muito - mal do INEM. Ora assim ganhas muita experiência da morte. Ai isso ganhas. E experiência em informar familiares da morte de um ente querido. Os tempos são outros? São, e não são. Estes médicos são produto dos tempos e das gentes à volta. Nas faculdades fala-se mais da morte do que antes. Fala-se mais ou menos, tal o ensino que há. Mas, por favor, mandem pró caralho a puta da palavra "encarniçamento", ok? Tás de acordo, não? Ora saboreia a merda da palavra..." O artigo evitava a palvra. Paguei-lhe um café.
Só no Brasil um poeta podia singrar (... ) com este nome. E mais do que isso: Carlito Azevedo (n. 1961) foi por ex. co-editor com Osvaldo M Silvestre da Inimigo Rumor. É portanto nosso amigo. Na Cotovia saiu este ano o seu volume de poesias "Monodrama", de 2009.
Nada como este link para celebrar a minha volta de férias. Ah, Faculdade! Que saudade, que saudade...