To compare...
Vejamos para comparação dois temas do disco de 2001 "Bodily Functions" do mesmo Herbert... way way better... different punch, different drive, different quality... o 2º tendo uma dispensável mas piedética tradução para o italiano...
um blog discreto e inofensivo, que aspira suavemente pela primavera enquanto estes dias são do mais puro inverno
Vejamos para comparação dois temas do disco de 2001 "Bodily Functions" do mesmo Herbert... way way better... different punch, different drive, different quality... o 2º tendo uma dispensável mas piedética tradução para o italiano...
(DESCIDA PERIGOSA)
Os vocábulos
É engraçado: não me lembro de jamais ter lido algum jogo de palavras ou trocadilho baseado na expressão acima. Que é uma fonte de água para apagar o mesmo.
Sou muito bom a inventar títulos para livros. ""A volta dos tristes" seguido de "Mais ou menos"", eis uma das minhas colectâneas de insucessos.
"Burnout". Que é como quem diz: vai arder lá p'ra fora! Faço-me de desentendido e deixo-me estar, a persiana baixa, o fogo lento.
São reportagens como estas no El País que medem o risco desta 1ª temporada de Mourinho no Real.
Hoje tive razão. Mais precisamente "em tudo". Bom... Ter razão come-se? Adormece-me de noite? Toma pequeno almoço comigo? Serve de tempero aos longos e gastos dias?
E tudo serve: reparei agora que "bloqueio" ora vai maiúsculo ora sai minúsculo. Como sabem, assim a vida: as pequenas grandes coisas, as grandes pequenas coisas. Vá a gente adivinhar onde, como, quando, a combinação certa.
No IKEA há aquelas mesinhas de diferentes cores que se vendem a cinco euros e três cêntimos... As mesas Lack. Portanto com uma nota de vinte compra-se quatro! Feito.
Este mês esqueceram-se de me pagar as horas extraordinárias. Pontaria...
Ofereceram-me flores. Despedi-me com amizade. Os dias não deixam de ter um certo equilíbrio.
Here goes a new word: humorectomia. São muitos os seres submetidos a esta estranha cirurgia, que acontece sem bisturi mas com muita anestesia...
Uma vez mais pelo IKEA ouvi falar um delicioso galego, por uma galega de Tui, enquanto se apreçava um transporte de mobiliário por uns obscenos 98 euros. Não há ninguém que subvencione esta amizade trans-ribeirinha, nem que seja embaratecendo os transportes do IKEA?
As que eu mais odeio são as minhas, todas palavras inúteis. Às tuas ganhei recentemente uma apenas pequena erisipela. Donde, havendo febre e há, a taquicardia, os arrepios, a hipersudorese, alguma que outra confusão.
Lindstrom e Prins Thomas são dois dj's noruegueses com uma fixação no progressivo alemão. Este disco da parelha de 2009 é uma enciclopédia de tiques e malhas e voltas dos frios e extensos anos 70 com um braço estendido até aos anos 80. Alemães e não só. O seu gosto entranha-se. Oslo é o que está a dar. "Leftfield cosmic disco"! Whatever...
Talvez tudo isto tenha acontecido porque sentia saudades de lavar a louça, eu, sei lá...
Após curta busca conclui que o filme é bem melhor que o livro. Mas é muito menos para crianças... Dave Eggars, co-argumentista, novelizou o argumento, estando o 1º capítulo aqui, no New Yorker... o texto é óptimo, embora seja o mais completo oposto àquela lógica de poucas palavras, etc....
Não sendo um fã incondicional dos filmes de Spike Jonze, do que já vi, estou completamente rendido a este filme. E porquê? Explico com um comentário colhido na net: "o filme é bem estúpido, o argumento parece escrito por um miúdo de oito anos!". Here's the catch: parece mesmo! Max vive com a mãe e uma irmã mais velha. As coisas não correm bem e ele foge. Porque foge? Qualquer criança de 8 anos entende porquê.Vai ter a uma ilha onde há monstros. Que são selvagens, um pouco como o Max. Assumimos que estes monstros saem da sua cabeça, ou não, ou não interessa. São crianças monstruosas. E os poucos diálogos, as poucas situações, a fantástica fotografia e a música, o variar dos ritmos e dos tempos, tudo isto remete para um viver infantil de que já quase não temos memória mas onde se sentia tudo imenso, e as palavras certas ainda estavam a nascer.
Visto o que vi
Wes Anderson, o realizador de Darjeeling Limited (2007), é adorado por alguma crítica. A originalidade, quando americana, é sempre considerada supina. Donde eu já ter lido interpretações mirabolantes, caindo entre o cabalístico e o rosacruciano, deste filme, que na prática é uma desopilante comédia "arty" sobre três irmãos (oh, como se parecem...) recém órfãos de pai, à procura da mãe (Anjelica Huston) algures a missionar na Índia, e à procura deles próprios. É melhor levar a reserva de cocos para o filme pois é de partir o coco uma e outra vez. Os irmãos (Owen Wilson, Adrien Brody, Jason Schwartzman) são tão o oposto uns dos outros que... só podiam ser irmãos! É ver e nem pensar em pensar, please! (que por ex. Roman Coppola é co-argumentista...).
Caro Jorge:
Intervalo?
"Io Sono L'Amore" (2009) e "Broken Flowers" (2005). Em comum nos dois filmes está Tilda Swinton. E quem é Tilda Swinton? É aquela moça muito branca que – acho – é rainha nas Crónicas de Narnia. E já ganhou um óscar de melhor actriz secundária em 2008 por "Michael Clayton".
Lunar, absolutamente lunar, Adriana Calcanhoto dominou o show à porta da Casa da Música, que terminou há... duas horas. Sim, lunar. Adriana é do Rio Grande do Sul e nota-se. O seu calor é discreto, nocturno, brasileiro suave. Não é uma performer qualquer. E é um caso sério de mulher. Sobre a sua música já escrevi antes, mas para um espectáculo ao vivo a coisa só podia melhorar e assim foi, espectáculo este que faz um upgrade do repertório best of de Adriana com repescas já experimentadas para os espectáculo "Três" que ela apresentou aqui e ali nos últimos anos com Domenico e Moreno (Veloso). O terceiro encore foi "Bim-Bom" de João Gilberto, com ritmo electrónico sub esgalhado e a terminar em distorção hard, enquanto a artista baloiçava a sua despedida final em direcção ao fundo do palco. Pois...
"Neste tempos incertos em que viver é uma arte", meu amigo Gonçalo, nem sabes o quanto me tens ajudado, tu e o teu sentido de humor, dos mais afinados a norte (e a sul) do equador...
Não, não tenho razão.
(...)