Poceirão: o que é isso?
Já antes do 25 de Abril se falava de um novo aeroporto para Lisboa.
Os estudos preliminares que foram lançados a público em 1969 apontavam para Rio Frio, e assim eu lembro-me, pequenino mas leitor, de reportagens por ex. no Século Ilustrado ou pouco depois no recém-criado Expresso, onde se falava dessa localização como a definida para o novo aeroporto.
A Ota tem basicamente dois pais: Elisa Ferreira que assinou o parecer negativo ambiental sobre Rio Frio (RF); e João Cravinho, que decidiu avançar com a Ota para “competir com Barajas”.
Algumas considerações são devidas:
1.Não é possível competir com Barajas. Este considerando é tão evidente que nem vale a pena perder muito tempo com. Lisboa não é Madrid, Portugal não é Espanha, etc., etc. Deixemo-nos de tretas.
2.O parecer negativo ambiental sobre RF baseava-se em 2 itens, ambos muito importantes: o montado de sobreiros a destruir, dezenas de milhares de árvores, e o aquífero subjacente à futura pista, fundamental para milhões de habitantes da Grande Lisboa. Acrescia ainda um aeroporto no meio das linhas de circulação das aves entre o estuário do Tejo e o estuário do Sado, com os perigos para a navegação aérea daí decorrentes. Estas 3 questões são muito importantes, e parecem-me incontornáveis.
3. Acontece que um professor catedátrico do IST (que não é uma espécie de licenciado qualquer) refere que a localização do Poceirão, uns kms deslocada para leste do RF, sofreria de óbices ambientais muito menores do que RF, mantendo as vantagens já reconhecidas há 40 anos.
Os estudos preliminares que foram lançados a público em 1969 apontavam para Rio Frio, e assim eu lembro-me, pequenino mas leitor, de reportagens por ex. no Século Ilustrado ou pouco depois no recém-criado Expresso, onde se falava dessa localização como a definida para o novo aeroporto.
A Ota tem basicamente dois pais: Elisa Ferreira que assinou o parecer negativo ambiental sobre Rio Frio (RF); e João Cravinho, que decidiu avançar com a Ota para “competir com Barajas”.
Algumas considerações são devidas:
1.Não é possível competir com Barajas. Este considerando é tão evidente que nem vale a pena perder muito tempo com. Lisboa não é Madrid, Portugal não é Espanha, etc., etc. Deixemo-nos de tretas.
2.O parecer negativo ambiental sobre RF baseava-se em 2 itens, ambos muito importantes: o montado de sobreiros a destruir, dezenas de milhares de árvores, e o aquífero subjacente à futura pista, fundamental para milhões de habitantes da Grande Lisboa. Acrescia ainda um aeroporto no meio das linhas de circulação das aves entre o estuário do Tejo e o estuário do Sado, com os perigos para a navegação aérea daí decorrentes. Estas 3 questões são muito importantes, e parecem-me incontornáveis.
3. Acontece que um professor catedátrico do IST (que não é uma espécie de licenciado qualquer) refere que a localização do Poceirão, uns kms deslocada para leste do RF, sofreria de óbices ambientais muito menores do que RF, mantendo as vantagens já reconhecidas há 40 anos.
E quais são as vantagens para a localização na Margem Sul do novo aeroporto de Lisboa? Três, a saber:
1. Maiores possibilidades de expansão, o que é óbvio para quem conhece as zonas em questão.
2. Menores custos, pois os trabalhos de terraplenagem, etc. serão muito menores.
3. Melhor integração com as redes ferroviárias e de portos do país, se seguirmos a sugestões que vários especialistas fazem do TGV descer a leste do Tejo para entroncar (no aeroporto) com a linha Lisboa-Madrid, fugindo ao funil da entrada por VFXira, com menores custos, e melhor interacção com os portos de Lisboa, Setúbal e Sines. A interacção Ota-TGV afigura-se um nó górdio para uma Linha Porto-Lisboa que já por si tem dificuldade em justificar-se isoladamente. E o Norte não precisa da Ota, pois terá o Sá Carneiro…
Portanto resta perguntar: quando se fará uma boa avaliação ambiental do Poceirão? Ou o problema reside em que as populações peri-Ota, Leiria, Santarém, Coimbra até, eleitores PS por tradição, não poderão aceitar uma nega?
1. Maiores possibilidades de expansão, o que é óbvio para quem conhece as zonas em questão.
2. Menores custos, pois os trabalhos de terraplenagem, etc. serão muito menores.
3. Melhor integração com as redes ferroviárias e de portos do país, se seguirmos a sugestões que vários especialistas fazem do TGV descer a leste do Tejo para entroncar (no aeroporto) com a linha Lisboa-Madrid, fugindo ao funil da entrada por VFXira, com menores custos, e melhor interacção com os portos de Lisboa, Setúbal e Sines. A interacção Ota-TGV afigura-se um nó górdio para uma Linha Porto-Lisboa que já por si tem dificuldade em justificar-se isoladamente. E o Norte não precisa da Ota, pois terá o Sá Carneiro…
Portanto resta perguntar: quando se fará uma boa avaliação ambiental do Poceirão? Ou o problema reside em que as populações peri-Ota, Leiria, Santarém, Coimbra até, eleitores PS por tradição, não poderão aceitar uma nega?
P.S.: a fotografia acima é de terrenos na Ota... hoje.
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