quinta-feira, setembro 13, 2012

The end.


Veloz, sempre veloz.
Nunca chega, o fim.
Até que chega.

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Mais do que o frio de Agosto
Será o frio de Setembro a condenar o
Sangue à definitiva desordem.

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Ganhas a luz. Ou o seu contrário.
Mas, não sendo isto um
Jogo sim o arrastar destes
Muitos dias, não farei daqui
Hábito que me cubra,
Gesto que me dispa.

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E o corpo é uma palavra que se divide em dezenas de sílabas.

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Até parecem magras as mãos.
Como explicações possíveis ofereço:
Atrofia dos interósseos; o abandono
Do sangue; um sopro de morte
Que por aí começa.

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Um coração de vidro,
Espelhado para que não se saiba.

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Nadavas, ou seja, ias-te embora.

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Era apenas um cavalo de madeira e porém
Este xadrez mudaria se jogado com
Cavalo de Tróia e um fósforo.

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O azul vai desaparecer do mapa.

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Não entendo o que estava a fazer naquele café há vinte e cinco anos.
Menos ainda o que hoje aqui faço: esqueço-me de pedir, perco dinheiro, uma vida.
Tenho de abandonar esta vida de cafés.

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A “primavera de um amor futuro” tornou-se mais difícil de adivinhar
Dado o aquecimento global e o sexo fácil.

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E nada como um sorriso para corrigir a temperatura ambiente.

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Um resumo rápido: vejo, deixo de ver. Acelero, paro.
E não é esta uma condução cuidada?


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Tão fácil, um hábito.
E, porém, nunca a
Roupa adequada.

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E, olha, que velhas estas palavras.
Como degraus que, de gastos, não
Sobem, falham.


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Na coudelaria de Alter, ao contrário de
Alice, é a casa que cresce.


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“Um dia destes vou-me embora".