domingo, setembro 02, 2012

OQFAF - Elvas.

Uma canção pode fazer muito mal a uma cidade. Felizmente não ouvi a canção do Paco Bandeira na nossa ida a Elvas.
 
Seria Elvas a "outra" cidade alentejana, sendo Beja um anticlimax e Portalegre demasiado pequena?
 
Não, Elvas não é a "outra" cidade alentejana. Só há Évora. Mas Elvas merece que se conte a sua história. A aproximação faz-se por norte. E percebe-se Elvas. Até há trinta anos - suponho que hoje já não - nas aulas de estratégia militar em Portugal a grande ameaça era ainda e sempre a invasão - espanhola - terrestre pelo Alentejo em direcção a Lisboa. Primeira paragem? Elvas. Esta pequena cidade é a fortaleza abaluartada mais extensa da Europa e por isso hoje património Unesco.
Elvas desce pela encosta a sul do muro que nos acabou de receber. Porque rodeámos vamos fazer o caminho inverso e subir até estacionar no subterrâneo que inventaram no largo que homenageia a Sé, obra de Francisco Arruda e a 2ª igreja mais importante do Alentejo, et pour cause. Largo muito interessante se esquecermos o edifício onde fica o BES, élàce. Depois, é subir até ao Castelo e ver as vistas, nomeadamente o Forte da Graça a norte, e tentar esquecer o pirolito da PT que está por ali a telecomunicar-nos. E voltar a descer: a malha urbana inclinada de Elvas é interessante e rica em igrejas, casas, achados, etc.
 
Porém, as batalhas que sucessivamente Elvas ganhou perante o Espanhol foram agora perdidas na paz. Elvas a altiva vive hoje de vender atoalhados e bacalhau dourado a quem a visita do outro lado da fronteira. Sem grandes superfícies, felizmente, e com uma multiplicidade de indicações. Mas não deixa de ser assim. Tanto que almoçamos no único restaurante do mundo que... também vende atoalhados! Não almoçámos bacalhau...