segunda-feira, abril 11, 2005

S. Fernando


Existe um movimento quase plebiscitário para a beatificação e posterior santificação de João Paulo II. Isto tudo acontece em tempos emocionados, e em tempos de ausência de modelos, de líderes espirituais, que não futebolistas e quejandos. A igreja católica obriga à comprovação de milagre(s) para que a escada para a santidade comece a ser escalada. Sendo um milagre portanto uma manifestação do Além, donde a santificação um tijolo naquilo que é matéria de fé pura, a crença numa outra vida, a crença na Superioridade. A existência do fenómeno "milagre", cuja essência é a sua inexplicabilidade, ajuda sempre a fortalecer uma fé mais quebradiça. Pois hoje vou falar-vos de um milagre que devia ser tido em conta nestes momentos de contabilidade de altares, e de promoções e despromoções. Fernando Assis Pacheco é um dos autores de língua portuguesa do século passado da minha maior devoção. Fumador, comedor, bebedor, morreu relativamente novo de uma "comoção cardíaca", numa livraria. Pois é... Tenho vindo a ler as "Memórias de um Craque", pequenos escritos de jacto sobre a sua infância futebolística, e é como espreitar a infância de um santo, adivinhar já as inclinações, a eleição.
Tenho vários livros dele perdidos pela casa, eis porque não posso desesperar, ao arrumá-la pela enésima vez, alegria, acontecerá um livro do Fernando, santo da minha devoção. Posted by Hello

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