sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Sobre a resignação de Bento XVI uns breves apontamentos - parte 2, revista e rasurada.

Por trás de persianas as iranianas, mas nem todas estão.

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O coração recebe, melhora e devolve.

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Não se dão explicações. Pagam-se caro.

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O quotidiano é ser muito outro ano.

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Uma abstração? Diz antes uma hipótese de trabalho.

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O dia pôs-se bonito à nossa frente, a pedir público.

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Alardear tem mais som do que devia.

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Lembro-me de almoçar com ela quando se podia.

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O nariz do comboio de Hugo Cabret sonhado por Scorcese às vezes dava-me jeito.

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Os corações não partem, rompem, e logo ali todo aquele sangue deixa de fazer sentido.

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Uma arquitectura vigorosa mas incerta, insegura, eu diria até algo perdida num espaço, num tempo

que, julga ela, ainda é o seu.

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O mistério de um certo exterior tomou certo dia posse aqui.

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Vigorosa parece nome de bebida gaseificada e não se aplica a este caso, estrela talvez, desporto,

bem....

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E recebo da VCI um abraço apertado que me devolve à vida e tudo mais.

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Devia abrir-se os pulsos para deixar entrar coisas, não o contrário.

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Jogar ao prego sempre me pareceu conter um certo perigo. O desequilíbrio entre os nossos dois

corpos na praia do Furadouro seria?

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Mutilar pode ser apenas jogar com menos peças.

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Que fique bem vincado: nenhum vínculo. Para que assim seja passo a ferro todo e cada fim de semana.

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Brincar aos vivos.

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Mesmo perdendo altura.