sábado, agosto 27, 2011

A minha vida não dava um filme português, com uma subtil e final referência a 'Os Maias' de Eça de Queirós.

Passam carros. Passam e passam. Fumo. E passam. O ruído dos insectos. Penso alto sobre a vida. "O homem foi feito para desfeitear!" "Não, esfaquear!"" Fuck you, my friend!" Os insectos. Trabalho num manicómio que é uma companhia de seguros que é um manicómio. Seguros porque presos lá dentro. Chaves e chaves. Eu gosto de pastéis de Chaves. E presunto. E alheiras. Porra, queimei-me, o cigarro. Os insectos. Passam carros. E a batata lá de cima, também é boa. E a minha vizinha do sétimo, também é boa. E está uma boa temperatura. Agora passam mais carros, o que quer dizer que é um engarrafamento. Há mais, mas passam menos, corrijo. Por minuto passam menos. Enfim, não sei, só contando. Este filme devia conter caboverdianos para ganhar algum prémio. Ou a Leonor Silveira, que parece uma gaja porreira. O sol, onde o ponho? Onde posto? On de posto? Fodeu-se, o Khadafi. Não era ele que tinha uma ucraniana personalizada só dele? Eu também queria uma ucraniana. E ser feliz. E famoso. E poder usar Quitoso, o que implicava não ser careca. Os carros estão parados. Os insectos não. E há pombas e há gaivotas. Muita coisa há por aqui, nem sei porque me queixo!
Sou um eléctrico. Um dia destes ainda me apanham...