domingo, setembro 12, 2010

6.9

Monsaraz existe mas moribunda, o turismo é uma doença grave e quando não mata fere e deixa sequelas permanentes. Mas  Monsaraz, consta, ainda mata o toiro. Bom, em Monsaraz almoçámos. Perguntou-se pelas praias fluviais do Alqueva, que não existem, mas que ao lado do ancoradouro... O ancoradouro existe, ancorado um barco, um SUV, uma rapariga online à espera que lhe peçam um café. Ao lado do ancoradouro, terra, lodo, terra, um sol inclemente. O barulho omnipresente de um gerador assumo que fundamental para o bem-estar do ancoradouro mas que ao mesmo tempo o sentencia de morte.
No fim de tudo Évora, com uma incursão prévia ao cromeleque de Almendres. Cromeleque é um "conjunto de", pelo que o uso do plural por outros visitantes resultou curioso. Percebi pela segurança do espaço que um dia destes posso ir lá roubar um menir que ninguém se importa. Está ali um espectacular cromeleque como podia estar uma paragem de autocarro.
Évora é outra música. Cara Luísa Rebocho, não a entendo. Évora é um regalo para os sentidos, um encanto, um sem fim de casos de enamoramento. Adoro Évora. E com uma charrette a ajudar mais alguém gostou também. Jantámos no Giraldo em espaço que em tempos foi de alentejanos e hoje é de turistas. Nada é perfeito. Dormi o sono dos justos.