Base
Recebi recentemente um mail (não por engano, melhor seria...) onde by the way era definido o kit básico de maquilhagem feminina como sendo: "creme hidratante, base, sombras, rímel, lápis, baton e blush".
Como "utente" venho aqui referir a minha preferência pela sub-maquilhagem, e passo a explicar dado a dado.
Primeiro: um creme hidratante não pertence a uma maquilhagem, pertence às noções que também serão básicas de cuidado com o corpo. Uma pele se seca precisa de ser hidratada e pronto! Uma alternativa é a hidratação à base de língua. Segundo: a base, ou como uma amiga minha dizia "o estuque", serve para "aperfeiçoar", "arredondar", "idealizar" a pele de uma face onde se assume que já passaram mais uns quantos verões do que o desejado pela possuidora da mesma (face). As irregularidades, as rugas, as discromias, que fazer com elas? A base é, foi-me dito, fundamental onde por exemplo se compete profissionalmente com a data de nascimento afixada num cartão dia-a-dia. A base é afinal uma base de trabalho. Lamento, lamento, não discuto. Aceito o terrível uso profissional da mesma. Estranharia a sua presença na intimidade, e portanto consideraria a sua detecção uma má base... de diálogo. O tempo é uma vantagem que não se pode nem deve oculatr: quer apenas dizer que estou aqui mas não esquecer que antes já estive noutros lados de outros por ex. leitos. Terceiro: as sombras. Aqui perco-me nos comentários. Para que raio serve esta merda? Que desperdício de uma palavra! Quarto: o rímel. Tenho ideia de ser algo que se acumula nas pestanas. Para quê? E isso não vai atingir níveis tóxicos tecidulares e provocar a médio-prazo uma hecatombe levando à extinção natural do muro arbóreo que naturalmente deve guardar o rio dos olhos? Quinto: lápis. Para aprofundar os olhos. Quando esta característica deve existir em moderadas quantidades e variando ao longo dos dias. Os olhos podem - nem sempre conseguem, mas eis mais um dado a favor de alguma transparência... - tornar-se mais superficiais ou ganhar profundezas em segundos, eu vi, as pernas aí tremeram, sem lápis, sem uma palavra, sem texto decorado. O lápis servirá para sublinhar pelo próprio autor uma frase ou um capítulo que se queria realçar perante, eis mais uma desonestidade. O baton, que é o item seis. Concedo que é este adereço item incontornável nestas lides. Tenho um catálogo completo imagiológico de batons mal escolhidos. Outra: uma coisa que definirá uns lábios se fôr para lá chegar é o seu sabor, nascido da transição que o é entre a pele e uma mucosa, e mais não afirmo. Finos ou cheios, acompanham no seu desenho uma maneira de ser mas insisto, prová-los implica alguma nudez, que um baton habitualmente não é. Em situações emergentes vemo-nos portanto obrigados primeiro a comer o dito cujo e só depois a provar... o que pode dificultar escolhas, opções. Finalmente o blush, o número sete. Eu sei que andar a beliscar as maçãs do rosto (lembram-se deste chamar em desuso?)é até algo doloroso, mas também sei que a uniformidade da cor implica obrigatoriamente a linha isoeléctrica no que diz respeito aos estados de alma. Eu sei, o sexo não tem alma, dizem. Ou terá?
Dizem que a mulher é artifício. Eu quero (para mim) que a mulher seja sobretudo fogo.
3 Comments:
Muy bueno.
Al final no voy esta semana, iré dentro de 2. Y tellevaré tus cosas, que no me olvido.
Grande abraço.
Ká tespero...
Recuerdas un enlace que te mandé hjace tiempo sobre la crisis económica? Aquí tienes al autor, un tipo peculiar.
http://es.youtube.com/watch?v=UCCX0EjRohQ&feature=related
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