sábado, julho 29, 2006

Breaking The Silence

Perante a manutenção da guerra no sul do Líbano, começam a escassear as palavras.
Convém sim dizer da minha absoluta não antipatia por Israel, como de por nenhum país... Da minha nenhuma simpatia pelo Hezbollah, algo que quase seria desnecessário explicitar. De como é fácil simplificar estes dias, estes bombardeamentos.
Hoje são dias para falar dos meios e dos fins. Dos caminhos que se tomam e da quase sempre existente alternativa. Partindo do princípio que têm que existir países, cada um será como uma pessoa. E por último, cada país deseja apenas e só comer, beber, rir, sonhar, amar e ser amado. Assim Israel, assim todos os seus vizinhos. O Líbano é (ou era) como a mais alegre das crianças no recreio, a reaprender a jogar. Tinha um pequeno defeito - um amigo que era mal visto em toda a escola (estão a ver de quem falo, o Irão, só o nome já diz...). Israel, o rufião do recreio, não podia aceitar esta insubordinação, por desmiolada e inocente que fôsse, ou talvez transitória... E o pequeno miúdo foi para o hospital com a cabeça partida. Se o estatuto de Israel no recreio da escola ficou melhor ou pior parado, ainda está por ver. Como este site que fala do serviço militar israelita.
Os meios, os fins. Lembro-me de ter participado há muitos anos na recepção ao intercâmbio no verão de alunos de Medicina na minha faculdade. Havia lá um rapaz israelita, um pouco mais velho do que nós, pois já tinha feito o serviço militar. Tinha estado na margem ocidental. Recusou-se sempre a falar sobre o tema, pois queria esquecer.

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