sábado, abril 01, 2006

O estranho caso da Caldeirada que não pagava imposto...

"O presidente do Sindicato da Pesca do Norte avisou o Governo que se avançar com a tributação da denominada “caldeirada” ou “quinhão”, os pescadores de Matosinhos vão paralisar a frota a partir de 1 de Abril. Este prémio, que de acordo com António Macedo é atribuído há pelo menos 20 anos aos pescadores do cerco/sardinha de Matosinhos, consiste na distribuição do valor conseguido com a venda dos primeiros cabazes e representa uma média de seis a sete euros por cada pescador. O sindicalista considera esta medida “inaceitável”, já que se trata de “um direito adquirido dos trabalhadores e não mais do que o correspondente ao subsidio de alimentação e/ou ajudas de custo, que todos ou quase todos os trabalhadores portugueses recebem”, sem que essas rubricas sejam tributadas para o IRS ou Segurança Social. António Macedo explicou que os pescadores de Matosinhos reuniram em plenário para decidir a paralisação, uma vez que a tributação da “caldeirada” estava agendada para o dia 13 e foi entretanto adiada para 1 de Abril. O sindicalista diz aceitar a necessidade de regulamentar estes valores e admite a possibilidade de serem deduzidos descontos sob os cabazes de sardinha que são retirados para efeitos de subsidio de Natal, mas exige que os restantes cabazes sejam considerados como o equivalente ao subsídio de alimentação e ajudas de custo a que os pescadores têm direito. A Lota de Matosinhos é considerada o maior ponto de descarga de sardinha da Europa e integra mais de 600 pescadores distribuídos por uma frota de 29 embarcações" (O 1º de Janeiro)

Ora vejam lá onde chega a corda na garganta dos nossos pobres governantes... forçados, contra de certeza a sua própria vontade socialista... em explorar um pouco mais os ricos pescadores, mais um caso típico de evasão fiscal...

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