sexta-feira, dezembro 09, 2005

Férias - dia oito


Conseguimos finalmente um dia limpo por inteiro. E aproveitámo-lo para almoçar no campo (Ecomarché Melgaço abasteceu) e por isso seguimos indicações do nosso amigo do Campismo de Lamas de Mouro. Chegados ao cruzamento de Lamas de Mouro metemos pela indicação Branda da Aveleira. Mas não estávamos preparados. Não, não estávamos. Este bocado de estrada, estreita e silenciosa, aborda a Peneda por oeste, por uma zona onde até há pouco tempo não chegava carro. A Peneda aparece-nos à esquerda, imponente. Não tenho fotografias, porque não calhou, mas também quase por medo. Mato baixo, pedregulhos, garranos, e um carro a circular lento, o nosso. Dos caminhos mais bonitos que eu já vi. E fazê-lo em automóvel: quase um sacrilégio. Chegados ao cruzamento do Batateiro, seguimos indicações para sul, e pouco depois, começamos a acompanhar o vale do rio Pomba. E chegámos a uma aldeia, S. Bento de Cando, uma antiga branda. Aqui a Scenic saiu do asfalto e meteu para a Branda das Busgalinhas, que estava uns dois km acima. Parámos, não víamos ninguém. Um pequenino planalto fértil, em anfiteatro para as montanhas, bois e vacas a pastar por aqui e por ali. Não estava abandonada, a aldeia, havia obras nesta e naquela casa. Os caminhos percebia-se serviam para as águas da chuva, e drenagem dos animais ao fim da tarde. Almoçámos por ali, demos lentamente a volta �à aldeia, os olhos arregalados. Por fim (entardecia cedo) os animais, com ou sem a ajuda de gente, começaram a encaminhar-se para os currais. Todo um fenómeno. A Catarina estava electrizada. A montanha viva. O dia ganho. Já com pouca luz descemos até Tibo, uma aldeia mais a sul e que fica no enfiamento da junção entre os rios Peneda e Pomba. A mole granítica que tínhamos rodeado acabava ali. Vía-se. Voltámos ao hotel. Posted by Picasa

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