sexta-feira, novembro 25, 2005

Férias - dia cinco ponto um


Quarta-feira ainda chovia. Decidimos então alterar o roteiro e ir a Valença comprar umas botas à Catarina, por ela se queixar das ferraduras em uso. E lá fomos. Valença, conhecida do outro lado da fronteira como a "Fortaleza" e que começou por chamar-se Contrasta, existe porque existe Tui do outro lado do rio. Tui é a capital histórica, filogenética do Baixo Minho, dum e do outro lado da fronteira. Valença existe como posto militar contrastante com a histórica capital de uma antiga província galega. Histórica sim, basta subir até à catedral. Histórica e parada no tempo.
E Valenças há umas quantas. A extra-muros, horrível de tão feia com excepção de dois ou três edifícios, uma extensão do centro comercial que está intra-muros, e porque lá dentro não cabia mais. Porque o coração da vila ainda é lá dentro. São poucos os rés-do-chão não comerciantes. O som é castelhano acentuado à galega, galego aqui e ali, um que outro português. Inexplicavelmente há quem entre de carro na fortaleza. O ambiente lembra Custóias, a feira que não a prisão. Grita-se dum para o outro lado da rua. Ruas que são estreitas, casario que é antigo, mesmo à portuguesa mas não pobre, azulejo, remates e janelas encaixadas em granito, telha portuguesa, etc. Património defendido para que se veja e para que se venda o atoalhado, o anorak, a lingerie. Por entre os comércios restauração variada chama quem já tenha fome. A fortaleza consiste realmente em duas ligadas por um pontão. O sector mais pequeno, chamado a Coroada, está em obras e parece que se via transformar quase só num neologismo de casas pequenas com ruas lajeadas como se a Polis de Matosinhos fosse para ali chamada. Seguimos.
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