Les Portugais
No dia em que leio no Jornal que Hannah Arendt – que nasceu há 100 anos, teria confessado a Gunther Grass a sua incapacidade de amar um país, qualquer, ou um povo, reservando esse possível fugaz e inconfessável sentimento para “os amigos”, percebo enfim como a questão – esta – dos 100 portugueses, é na realidade mesquinha. Lembro-me de, pequeno, ter um grande desgosto por a minha terra não poder exibir nomes ilustres pretéritos na sua heráldica – em Ovar nunca terá nascido ninguém que merecesse panteão. E depois?
Os portugueses, “os de cabelo castanho”, produziram estórias e história quanto baste, o que muito lhes agradeço. Conformaram uma parte inegável do meu estar. E deram à costa uma percentagem importante das minhas amizades, o seu grosso. E é isto. Estão agora parados, os portugueses. Mas como eles o resto desse cadinho maior a que pertenço, a Europa. Et voilà.
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