A falta que a água nos faz.
A experiência de não ter água em casa é recomendável a todos. Mais ainda quando se vive sozinho. Hoje reguei as minhas plantas com a água que removi do átrio comum com a esfregona ontem à noite, depois de um cano ter quase rebentado. Fui comprar quinze litros de água ao Pingo Doce logo de manhã e finalmente encontrei alguma utilidade no Wok da IKEA para as minhas abluções. Não tendo máquina de lavar louça a higiene desta sempre me acompanhou e disso faço algum orgulho. Sim, se a água for variante morn’ó’quente. Fria leva a insultar quem tão mal aproveitou a comida do almoço – eu – deixando todos aqueles restinhos nojentos pegados ao prato. Finalmente qualquer ida à casa de banho deve ser bem pensada porque o que no wc fica é despedido para o nada com água de nascente. Não tomar banho significa, eu sei, que a minha pele vai aproveitar estes dois dias para restabelecer adequadamente a sua película lipídica, etc. Pena ser uma película não agradável à vista nem ao cheiro. Eu já descanso de tantas coisas, porquê descansar também desta? O duche quente era mesmo dos poucos prazeres que me restavam!
Amanhã de manhã virá um fantástico picheleiro resolver a situação. Se tivesse uma irmã casava-a com ele.
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