domingo, dezembro 11, 2005

Eyes Wide Shut - take two where we go all the way...


Tentando resumir e chegar ao fim sem contar demasiado...
Eyes Wide Shut é um filme, o último filme de Stanley Kubrick. Tem como actores principais o então casal Tom Cruise/Nicole Kidman. E é um filme sobre o sexo e o que fazer com ele.
O casal em questão consiste num médico de algum sucesso nova iorquino e a sua esposa ex-galerista de arte, agora desocupada. Têm uma filha. Parecem entender-se bem. Tocam-se. A nudez de Nicole Kidman explana logo de início a gramática de um filme onde, ao contrário do que se pensava, o casal-sensação não tem qualquer cena mais íntima.
O contraponto neste filme, desenhado em algumas cenas-chave, é o personagem criado por Sidney Pollack, aqui actor. Um rico novaiorquino, que tem Tom Cruise como seu médico (um criado, portanto). Que ora recebe os convidados de uma festa no hall com a esposa ora despede semi-morta uma prostituta 15 minutos depois, no 1º andar. O sexo como comida, acto reflexo, transformado para o dialecto da grande cidade. O sexo como inevitabilidade, coisa irrevogável, súbita, comandante e não comandada. Como Tom Cruise aprende (?) ao descobrir uma fantasia pretérita de Kidman, pela qual quase a teria perdido, anos antes. O homem da vida dela, coisas que não existem, o que sou eu então, Tom Cruise redescobre que o mundo tem fome, e que às vezes não se sacia da mais nobre das maneiras. E ele, também tem vontade de comer, alguma pelo menos parece, o que no seu caso equivale a sair de casa pela noite escura. Onde uma cena acontece com a qual Tom Cruise acaba dentro de um palácio prisão de orgias para senhores da alta-roda. Momento do filme de discutível gosto, mas onde a Tom Cruise lhe é lembrado o seu lugar na hierarquia da selva: animais somos e tu és nada, quase nada. E a ninguém contamos a verdade - a mais possível hipótese de engate e flexão extra-conjugal, uma simpática rapariga de rua, esqueceu-se de avisar que era HIV+ provável/certa. Na selva não se pode fazer bluff por muito tempo: eles entram na tua casa, farão da tua família o que tu não queres, isto descobre Tom Cruise, a máscara palaciana pousada ao lado de Kidman que dorme. Tom Cruise conta tudo, apavorado.
No fim é Natal, deixamos a criança escolher os seus brinquedos, e por entre os objectos de make believe, é Kidman a reduzir esta história ao mínimo múltiplo comum: sobrevivemos e temos fome, mesmo se somos pequenos. Vamos fazer assim, eu como-te a ti, tu comes-me a mim: "Let's fuck !".
Filme moralista? Se acham que é isto um grande elogio à fidelidade... Posted by Picasa

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1 Comments:

Blogger Sr Blas said...

Una obra maestra de un genio que, a pesar de haber estado recluído en su castillo inglés durante los últimos años de su vida alejado de todo y todos, demostró ser un gran conocedor de la naturaleza humana.
Y además me parece que no se puede cerrar de forma más brillante una carrera como la suya:
NK: "Hay una cosa que tenemos que hacer con urgencia"
TC: "Qué?"
NK: "Follar!"

(creo recordar que era algo así, no?)

10:58 da tarde  

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