Férias - dia um
Ourense é em população a 3ª cidade da Galiza, a seguir a Vigo e A Coruña, ultrapassando por pouco os cem mil habitantes e Santiago de Compostela. É capital da província interior sul do quadrilátero galego, aquela que por proximidade mais se aconchegará em parecenças a Trás-os-Montes. E assim é.
Não conhecia Ourense. Cidade antiga, com origem julgo que num cruzamento viário sobranceiro ao rio Minho mas por sul, e com uma antiquíssimas termas, As Burgas.
A viagem não é muito longa, trata-se de subir em auto-estrada até Porriño e depois desviar para Madrid, que é como quem diz Ourense. Sobe-se um bocado mas, como é em SCUT à espanhola nem custa tanto, e quando se passa o desvio para Ribadavia, é porque estamos perto. Ribadavia que já conheço, e gosto, e não só pelo Ribeiro. Logo da autovia Ourense aparece-nos confusamente por entre irregularidades de terreno e de trajecto. Chegámos de noite. Uma língua da autovia deixa-nos em plena cidade, em movimento (não muito intenso) de sábado à noite. Pensamos que uma cidade com um rio a meio será de fácil orientação. Neste caso não é. Pensamos que um hotel alto, o mais alto de todos, vai ser fácil de localizar. Não foi. Parou-se, intermitentes. A recepcionista perguntou-nos se tínhamos um mapa da cidade. Um portento de inteligência. Um hotel alto e possante pode no entanto ter o aparcamento cheio. Mas o parque pago logo em frente...
Após uma incursão por uma faixa Autobus e alguma distimia com a recepcionista, tomámos posse do nosso quarto: dourados, prateados e lacados. Ou não fosse o Gran Hotel San Martín. Inaugurado em 68, renovado em 88.
As cafetarias espanholas (e as galegas também) costumam ser locais de confiança: acolhedores, profissionais, com barulho e televisão em doses regradas, falhando o excesso em ambos os itens aí por meio metro, garantem habitualmente mau café e comida razoável a qualquer hora. A cafetaria do San Martín não era assim. Depois de uñas racións mal amanhadas para acondicionar o estômago para a deita, pelas 23h45m, que por aí seria, um artista vem intimar-nos a pagar após decisão de postre, porque café já não havia que as máquinas já estavam limpas, e como os computadores faziam contas às 24, não sei se me entendes... Levantei-me, pedi a conta, e outro empregado perguntou-me se queria café de saco. Respondi que não, gostaria sim de ser tratado de outra forma. Ou um saco na cabeça do colega, e um nastro a apertar o colarinho, lentamente... À portuguesa, no dia a seguir não houve a reclamação devida, só alguns queixumes à recepção. Lá fomos dormir, depois de enfiar a Scenic no lugar de mais dificil arrumo na garagem do hotel "c'avia", e que afinal tinha aparecido... a 10 euros a noite, mais iva. Para começo de férias a coisa prometia... Ah, e chuviscou todo o dia e toda a noite.
Etiquetas: férias
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