segunda-feira, setembro 26, 2005

Ceci

"A primeira Cecília que eu conheci foi em um famoso romance de José de Alencar, o brasileiro O Guarani. Ali havia um índio que assim resumia o nome de quem amava. Outras foram aparecendo e jamais me encontrei com Cecília onde o anonimato e a monoparentalidade das ideias fosse obra diária. Recentemente defrontei-me com Cecília Meireles, outra brasileira, de ascendência portuguesa parece, e enorme poetisa enorme:

SERENATA

Dize-me tu, montanha dura,
onde nenhum rebanho pasce,
de que lado na terra escura
brilha o nácar de sua face.

Dize-me tu, palmeira fina,
onde nenhum pássaro canta,
em que caverna submarina
seu silêncio em corais descansa.

Dize-me tu, ó céu deserto,
dize-me tu se é muito tarde,
se a vida é longe e a dor é perto,
e tudo é feito de acabar-se!


... e vai-se agora a Cecília Pinto embora para o Sto António, vejam lá, não tem nada a ver com o que se escreveu até agora, é só uma Cecília como as outras..."

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