O Polo Norte Magnético.
Pertence àquele saber comum subterrâneo que todos nós temos, no momento em que decidimos lembrarmo-nos dele, o sabermos que o Polo Norte geográfico não coincide com o Polo Norte Magnético.
Tanto assim que o Polo Norte Magnético - vamos chamar-lhe PNM para facilitação - até tem nacionalidade, é canadiano. Coisa talvez menos sabida é que o PNM muda de sítio, milionesimometricamente ao momento, e dentro das eras geológicas muda até de... continente! Pode dizer-se que o PNM já andou a passear por todo o lado. Nada importante isto, dirão, pois o Polo Norte geográfico - assumamo-lo como PNG - sempre ali está no ponto zero de todas as medidas, certo? Verdade seja que visionando as reportagens sobre o PNG o que se vê é... gelo! Se mudarmos a localização da câmara uns quinhentos metros o mesmo gelo, a mesma indefinição, a mesma afinal indiferença sobre o aqui, o ali... O PNM é também um espectáculo de gelo sem mais, mas, atenção, atenção, ali termina e começa o magnetismo terrestre, a oculta e definitiva força que faz as bússolas, essas tentativas pequenas e redondas de nos orientarmos, definirem um norte. Aquilo que nos guia é sempre magnético. Ali está o que conta, o fio guia. Nem mais. As mudanças de localização uma metáfora óbvia.
O PNM está acelerar, deixando o Canadá em direcção à Rússia, à velocidade de umas dezenas de quilómetros-ano.
A verdade é que não sei que conclusões tirar.
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