Primitivos Portugueses - terceira tranche.
Esta exposição não é uma exposição exaustiva destes anos e, porém, não consigo na net retirar imagens de algum que outro quadro que também me impressionou.
Houive uma intenção bastante interessante, o de reconstruir alguns retábulos com uma disposição o mais próxima ao original possível. Conseguiu-se a monumentalidade, embora as tábuas superiores às vezes pedissem binóculos e uma iluminação diferente.
A última sala do percurso apresenta-nos obras de três autores que fizeram a transição para o Maneirismo nos meados do séc. XVI. Trata-se de Diogo de Contreiras e dos Mestres de Abrantes e de Arruda dos Vinhos. Do que vi e mais gostei não consegui iconografia para partilhar. A maior expressividade é notória. Já não me lembro de qual destes autores era um quadro intitulado "O Mistério Eucarístico de Santo António" (ou seria anónimo?), com um valor comunicativo quase de cartoon.
A terminar a exposição o conhecidíssimo - e também anónimo - "Ecce Homo". Mistério da pintura portuguesa destes tempos, atribuido antes ao séc. XV, por datação da madeira de carvalho sobre o qual está pintado parece ser de c. 1570 - cópia de quadro anterior, a ajuizar pela iconografia, "arcaica"? Isto não lhe retira o valor, o ser a chave de ouro que fecha uma exposição desigual, mas interessante.
Antes de sair aparece uma sala com referências à história do descobrimento dos painéis e à 1ª exposição de "Primitivos Portugueses", sintomaticamente em 1940, com textos apropriados aqueles tempos, por ex., de Aarão de Lacerda, etc.
Agora, restava tempo para explorar o Museu. Assim se fez.
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