De como é fácil esta merda da poesia - IV
O El Pais Semanal de hoje traz uma reportagem sobre os novos poetas espanhóis. Já tinha eu lido alguma coisa sobre estes meninos na colectânea publicada na Hyperion "Cambio de Siglo". Li o artigo, algures entre o ineficaz e o interessante, duas palavras que quase se sucedem no dicionário, ficando com aquele amargo de boca por algum do desintesse vir dos poetas em si e não do articulista. Achei curioso que se desconsiderasse alguém que afirme Dylan (Bob e não Thomas...) mais importante do que Quevedo enquanto influência. Achei curioso que Dylan (Bob e não...), que ainda não morreu mas já teve tempo para isso, seja influência ainda para gente 20 a 40 anos mais nova mas, bom, estamos a falar de poesia e não de música...Noutro lugar escrevi não me atrapalhar a sessão de fotografia de Gabriela Canavilhas para a Vogue portuguesa de Julho. Explico: primeiro, ela é apenas a ministra da cultura de Portugal, isto é, "incha, desincha e passa". Segundo, nada me desagrada na moda, no bem vestir, bem calçar e bem adereçar. Um poeta não tem porque andar mal vestido. A moda e a arte sempre andaram de mãos dadas. Porém, coisas em forma do artigo no "El Pais Semanal" de hoje são simplesmente fúteis. A futilidade poética existe, e pode ser uma forma de expressão e uma arma, por ex. contra levarmo-nos demasiado a sério. Não me pareceu o caso. A ironia e o sorriso não estavam. A expressão era apenas pobre, se bem que razoavelmente bem vestida...
Da poesia não falo.


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