sábado, junho 12, 2010

Da desorientação em Mira.

Ocuparam o meu sábado de manhã com um "percurso de orientação em Mira". Mira, sempre achei que era Mira ali em Miramar. Resultou ser Praia de Mira, distrito de Coimbra. A bem disposta que aceitou a nossa inscrição disse que tudo o que era preciso era isso mesmo: boa disposição. Esqueceu-se de mencionar bússola, calçado apropriado... Chegámos a MiraVillas às 9h30m. Tivémos treino de quase hora e meia, antecedido de cafezinho e pão com fiambre para todos. Tive direito a t-shirt de "Amigo" de um determinado Hospital... para o caso de me perder. Portanto, dispersou-se o ATL em grupos de três em direcções opostas num circuito que era pinhal e pinhal e pinhal, sobre duna transformada. Até aqui nada de especial, ali no Furadouro há kms disto. Tinhamos que passar por dez "balizas" e, para o caso de nos perdermos, não tinhamos o contacto de ninguém da organização, e a Figueira da Foz era 40 kms para sul. Ah, e estava nublado, portanto nem adiantava ver a direcção do sol pois não havia sol para ver. Bom, foi-se fazendo. Na baliza 4 cruzámo-nos com quem já vinha em sentido contrário e para ganhar, nomeadamente um fds nas pousadas Pestana p/2. Eu também, queria o quê, tenho o cartão, que este ano não será usado, so... Bom, o 7 foi encontrado por acaso, o resto foi-se efectivamente fazendo, acabámos por ir encontrando outros grupos e acabar a coisa um pouco em comunidade, diziam que era percurso para uma hora, o par ganhador gastou 78 min., nós duas horas e meia. Tudo o que era para ser feito de tarde foi anulado. Às 16h ainda estávamos nas MiraVillas, toda a gente, eu, e o litro de areia que havia sedimentado nas minhas sandálias.
E voltámos. Devia ter havido dois autocarros. Melhor, devia ter levado o Altea alegando Ovar, uma diarreia, o derrame da BP no golfo, sei lá. Nas viagens em grupo em Portugal há um antes e um depois da "invenção" de Quim Barreiros. Eu queria dormir, eu e mais gente. Não deixaram. Paco Bandeira, o manso Paco Bandeira foi assobiado, e acabámos por ter o Quim Barreiros, um seu sucedâneo de nome Fernando Santana, e efe-erre-ááás, cantigas da rua, o cheira a lisboa, etc., etc. Felizmente ninguém se pôs a contar anedotas. Felizmente. Alguém de vez em quando descia do galinheiro à frente do veículo, braços em alto, a bailar o malhão. Não aconteceu a guinada que lhe fracturasse tíbia e perónio. Pediram ao condutor para tirar as cuecas, o que ele não fez. Talvez por isso contribui generosamente para a sua gorjeta.
Estou salvo, estou salvo. Mas não volta a acontecer. A Mira só volto de helicóptero.