quarta-feira, junho 27, 2007

Feliz Aniversário


Uma amiga minha acabou de ter uma filha. Que a bem dizer não queria. É feliz. Está bem. A filha é um pacote de doces feito um só. Vai correr tudo bem.

Ontem um amigo meu, médico, foi visitar um doente ao internamento de Psiquiatria do seu Hospital. Cruzou-se com um conhecido do Secundário, que ali estava internado. Acabara de ter “alta disciplinar”. Esse rapaz terá filhos dois. E é casado – há bastantes anos, com uma outra amiga do secundário. Boa gente, muito boa gente. Informando-se sobre a “alta disciplinar”, reconheceu afinal como brincadeiras liceais velhas de vinte e cinco anos, podiam ter perguntado, tanto aparato para o mesmo, também então no secundário já aconteciam algumas “faltas disciplinares”. Como serão os filhos, como estará este casamento bem mais velho do que os dois que o meu amigo já leva em serviço? Parva, esta curiosidade, e com algum atraso. Voltarás a vê-lo, ou não, daqui a dez anos, por ex., qual dos dois o internado, não sei.

Este meu amigo médico hoje devia celebrar várias coisas, umas não pode (está a trabalhar), outras não pode (pelo anacrónico da situação em causa, e da qual se separou vai para uns anos). Curiosa esta associação de datas. E tem uma filha com quem poderia fazer uma celebração, que não a outra. Ela, a filha, está em viagem de autocarro até ao Zoo de Lisboa, identificação ao pescoço, 5 euros na carteira, para os gelados.

Vivemos rodeados por filhos-da-puta, sendo que o maior deles é o “acaso”. Razão tinha o O’Neill.

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