terça-feira, maio 30, 2006

O alarme que já não toca

Deve ser para mim. Ou... recomeço – deve ser o meu carro. Naaa... Isto é Matosinhos, e o Senhor (a festa) já parou há um bom pedaço. Um alarme lá fora toca há uma hora aproximadamente. Entra pela janela obrigatoriamente aberta. Por efeitos do ar que nos separa ou pelas musicais artes do acaso, o alarme vai modelando variações no seu grito. Às vezes parece que se apressa, outras que quase vai desistir. Uma coisa que a nossa impaciência temerosa não concebe é que um alarme sempre acaba por se calar. É preciso é ter calma, senhores. Por exemplo agora, vejam lá, eu bem dizia - já parou. Ouço sim um rapaz a gritar alguma coisa. Talvez uma muito própria constatação sua: “ foda-se!” ou “foda-se, calou-se o filho da puta do alarme!”. O alarme calou-se e eu tive a paciência suficiente para ouvi-lo e deixar de o ouvir. Humm... agora vou deitar-me.

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