Era uma vez (a escola n)as aldeias
Vão fechar 1500 escolas com menos de x alunos. Estive em 2004 no Piódão. Escuso de dizer o que representa esta aldeia da Serra do Açor como testemunho de outros tempos, testemunho que lenta mas paulatinamente está em deslize para o folclorismo decorativo de postal. A escola lá estava, do outro lado do vale, aberta. Disseram-nos que ia fechar para o ano, fechada já está pelo menos esta portanto. O Piódão fica assim sentenciado: quem não viver do voyeurismo, perdão, do turismo rural vai ou morrer ou sair dali.
Na Catalunha, terra desenvolvida e que pensa por si, ó se pensa, e que já se dedicava a poupar o tostão antes dos portugueses aprenderem a conjugar o verbo, uma cunhada minha dá aulas numa escola de aldeia. São praí oito alunos. A escola fica num bloco onde funciona a Junta, os Correios e o Centro de Saúde. Tudo com horários, funcionamento estipulados. A escola tem condições razoáveis, um recreio e um mini-ginásio (o edifício não é novo). Os alunos vão comer no café em frente, com a professora. Há 4 anos não tinha computador, hoje já terá talvez. A aldeia não é nada isolada, mas é pequena. Como muitas aldeias catalãs. O campo catalão não está abandonado, antes pelo contrário.
Dá que pensar...
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