terça-feira, fevereiro 07, 2012

O Deus da Carnificina - 2011



Polanski, Roman. Cineasta perseguido por questões antigas relativas a um evento de moralidade mais do que duvidosa. Moralidade? Antiga?

Num parque um miúdo bate com um pau noutro. Parte-lhe dois dentes. Os pais dos dois miúdos encontram-se da casa dos pais do agredido, para resolver civilizadamente a questão. Civilizadamente? O argumento é de Yasmina Reza, e retirado duma peça sua. Yasmina Reza é uma escritora francesa na berra, discutida mas não muito discutível. Polanski é o realizador perfeito para um pedaço de vida onde nada vai correr bem e a civilização algures perde-se. Melhor do que os homens as mulheres, um duelo de gigantes, Foster e Winslet. Este é um filme que não chega a oitenta minutos ou talvez chegue, pois quando correm as letrinhas do fim ainda há filme. Engraçado o jogo, a batalha, o descasque. As linhas cruzadas entre as classes, os sexos, os deveres e prazeres.

Este filme é um prazer, ainda que não adiante nada. "I believe in the god of carnage!" Bom, adianta lembrar isto.