domingo, agosto 07, 2011

Good things happen in beaches.

Agora que há passadiços de madeira a correr todas as praias do Grande Porto não devemos esquecer que a melhor forma de andar é NA praia, sendo mais claro, na areia e à beira da água, é melhor para os pés e para as pernas, o diálogo muscular e vascular com a elasticidade variável do piso bem mais estimulante do que a omnipresente madeira dos passadiços, a pedir sapatilhas e cuidado com as bicicletas. Não há bicicletas na orla do mar. Ultimamente, e como este Verão tem estado subcaloroso, tenho satisfeito a minha paixão pela praia usando-a como pretexto para ouvir a minha música. Desligo o mp3 da aparelhagem, calções e porta da rua é por onde se sai de casa. :
O fim-de-semana passado fui espantar o frio desde a Boa Nova até ao Rochedo e mais além. As vicissitudes do terreno desenham ali três, quatro praias, com predomínio de utilização por famílias. Era domingo de manhã, quando acabei a minha volta partilhei o cheiro da comida que se distribuía sob os guarda-sóis e detrás dos toldos. Ao contrário de outros dias não havia demasiado vento. O mar estava algo aceso, porém, e ao ser baixa-mar e hora de comer, na água ninguém.A música estava óptima.
Hoje avancei e iniciei o meu périplo no sul da praia da Memória, seguindo para norte. Estava um fim de sol maravilhoso, apesar dos vinte e dois graus que o Seat Altea me avisou ser tudo o que o mundo exterior me podia oferecer. Algum vento e confirmou-se que a minha companhia predominante foi as gaivotas. Mas não só, pois outras aves por ali andavam, até com ar bem mais atarefado que aquelas, correndo para dentro e para fora ao sabor da onda, picando e debicando. Encontrei a casca vazia de um ouriço do mar, que à volta trouxe para casa. Os rochedos têm presença privilegiada nesta nossa costa. Estas pedras que formam baixios onde o mar penetra uma e outra vez sem se cansar, espumando, são os “leixões” que marcavam presença pouco mais abaixo na foz do rio Leça e deram o nome ao porto de mar exterior que a Cidade pediu e foi feito, sacrificando o estuário do pobre rio nascido nos montes de Santo Tirso. Bom, a minha erudição não dá para mais, e a ausência de gente - a não ser uma tenda, Quechua, que heroicamente resistia quando eu passei para sul, seriam quase as vinte horas – não forneceu mais histórias. Dois terços do pessoal sediado nas praias eram os nadadores-salvadores, sempre em equipas mistas de dois – requisito? apetitosa combinação? – a defenderem-se do vento e do frio e a cumprir o seu desperdiçado horário, ninguém nadava, ninguém para salvar portanto. Para variar, num destes pares ela lia, ele dormitava. Depois vão conversar sobre o quê? Só sexo selvagem e mais nada, que vidas mais tristes…

Vou partilhar convosco a OST da última sessão




Steve Jansen, Abba, LemonJelly, Hartmann, Tussle, Junoir Boys, USL, João Paulo, Ursula Rucker, Gnarls Barkley, Cool Hipnoise, Electronic, Burnt Friedman, Kings of Convenience, Banda do Casaco, Jill Scott, Micatone, Rocky Marsiano, Get Well Soon, Baaba Maal, Jens Lenkman, Kraftwerk.