sábado, abril 09, 2011

Morning Glory (Manhãs Gloriosas) 2010



Quem de nós, no fundo do nosso fundo, que afinal bem o trazemos perto à superfície, não gosta duma boa comédia romântica americana? Há no nosso património proteico, adquirido num qualquer ano importante das nossas vidas e cozido com aplicação aos fundilhos da alma, um, dois destes filmes imundos que a crítica de cinema costuma trucidar. Haverá uma versão benigna da mesma crítica de cinema que dirá: "oh, sim, mas tudo morreu com Blake Edwards, agora são só subprodutos!" "Manhãs Gloriosas" é um destes subprodutos, e fez-me rir no cinema como já não me acontecia há algum tempo. O mérito? Harrison Ford, sim, Diane Keaton certamente, mas sobretudo Rachel McAdams, o frágil furacão hiperactivo que rompe pelo filme fora, escravizada pelo seu Blackberry e que, by the way, nos ensina a todos o que é este mundo dos programas da manhã. O filme cumpre todas as regras: ela no fim fica com o rapaz - que até é rico para além de muito jeitoso - etc., etc. É ver, rir, aderir, não ligar. Fica um gostinho bom. O argumentista soletrou "Prada" num previous movie, o realizador mostrou-nos "Notting Hill". E?
Tem Blackberry's, tem New York a rodos, e tem Rachel McAdams, que mais podemos querer?