A defesa do património.
Ontem de manhã ia atirando uma t-shirt para a sanita. Até é uma t-shirt de que gosto. Tem uns lobos e tal, metem-se comigo por causa dela, essas merdas. Bom, quando me despi para me meter na cama depois de fazer noite, a t-shirt levou destino sanitário que não o balde da roupa suja, que ficava metro e meio logo a seguir.
É fácil adivinha dizer com quem me pareço. Sou efectivamente um homem a envelhecer em direcção ao meu pai. Velho, serei como ele, fisicamente. T-shirts na sanita, coisas assim sempre foram coisas da minha mãe. Portanto, eu, mistura de dois sangues, mistura. De dois patrimónios. Pão feito e que, trincado, saberá a único, porque não repito. Ninguém repete, ou melhor, haverá planos, vistas, linhas de pensamento que já se viram algures, mas a solução arquitectónica completa e posta no auto-cad é a primeira e a última vez que acontece. Definir algo como único não é um elogio. Um poio de merda nunca tem a mesma forma do poio anterior, independentemente de poder ou não ter marca de autor....
Em mim começa, em mim termina. Que responsabilidade. Salvou-se a t-shirt, claro! Salvo-me eu?
Vou-me safando...
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