terça-feira, maio 18, 2010

Da excepção.

"Saldanha Sanches foi cremado, ontem, no Cemitério dos Olivais, em Lisboa, numa cerimónia organizada exactamente como ele a desejou. Pediu um caixão de madeira e breves elogios fúnebres a um amigo recente, o professor de Direito Fernando Araújo, e à sua mulher, a procuradora Maria José Morgado. A assistir, misturavam-se familiares, amigos, políticos, juízes. E algumas figuras de Estado, entre os quais o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e o procurador-geral da República, Pinto Monteiro. Muitos dos seus alunos quiseram também prestar-lhe homenagem e foram de capa e batina. Maria José Morgado recordou os últimos momentos a seu lado, lembrou que Saldanha Sanches foi "intolerável com a corrupção, os cobardes e os oportunistas" e leu poesia de Sophia de Mello Breyner. Houve silêncio. Houve muitas palmas." in Publico ontem.

Porque uma excepção e não uma regra? A minha opção não será Sophia.