quarta-feira, outubro 25, 2006

1956


As comemorações da insurreição húngara foram manchadas por violência e muita polémica. E o menor dos problemas é a infiltração destas manifestções pela extrema-direita: o nacionalismo magiar já conheceu melhores dias e a inimiga Roménia vai entrar para o clube daqui a meses.
O problema é que o 1º-ministro social democrata húngaro terá discutido com o seu gabinete, ou equiparado, o como a mentira o tinha levado ao poder. Uma gravação destas conversas chegou a público e ele não se demite!
Em 1956 aconteceu outra mentira: estando o 1º ministro revoltoso Imre Nagy refugiado na embaixada da Jugoslávia foi-lhe dado um salvo-conduto que lhe devia permitir escapar em liberdade. Mal saiu da embaixada foi preso pelos soviéticos e dado como desaparecido. Foi fuzilado secretamente na Roménia. O seu corpo recebeu funerais nacionais em 1990, aos quais compareceram 200000 húngaros. E hoje, isto.

Também fala-se pouco da anosmia ocidental perante o martírio húngaro nesse ano de 1956. As fronteiras a leste ficaram definidas por 35 anos em Budapeste, e não antes.

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