segunda-feira, janeiro 03, 2005

The Incredibles e... Pacha e o Imperador

Fui ver o filme, la petite oblige. E está bem feito, sim senhor, recomendo aliás, com pequena ou sem pequena. Mais uma vitória da Pixar, uma história bem feita, um domínio do 3D that's getting better by the hour, uma short story agradável para começar, e se havia surpresa no fim, a minha filha não teve paciência para esperar por ela.
É uma história de e para a família, os papéis estão bem distribuidos, o pai é superforte, a mãe elástica... a filha complicada, o filho super rápido... e o bebé um diabrete ! Moral da história: se somos incríveis, porque não sê-lo ? Ri-se bem, a cena da mulher-elástica hiper-entalada é superior, e outras cenas também são para não esquecer.
Mas, e os que não são incríveis ? Nós, eu, eu, eu...
O que fazer ? Nunca pensei que um filme para crianças me pudesse deixar deprimido.

Mas já agora, vou recomendar outro filme infantil para visualização vhs/dvd: é o máximo !

Tonto será quem ache que os filmes infantis não merecem um olhar mais atento e evoluído – o meu, por exemplo.... Mais ainda porque, por compromissos familiares, o visionar de filmes infantis tornou-se nos últimos três anos um hobby para mim. Vou então falar-vos de um filme divertidíssimo que eu tento induzir a minha filha a ver o maior número de vezes possível: “The Emperor’s New Groove”, intitulado em português “Pacha e o Imperador”.
Realizado por Mark Dindall em 2000, se é que isto é importante na equipa Disney, tem um desenho interessante e que no geral serve bem a história, porque é sobretudo disto que se trata – de uma história, e talvez duma das melhores comédias que eu vi nos últimos anos. Conto rapidamente: Kuzco é o jovem e tirânico imperador inca. É insolente, egoísta, insensível, etc., etc., para além de ter uma absurda mania de cantar e dançar. Tem uma megera por conselheira, Yzma, feíssima coisa com uma idade intemporal, que por sua vez tem um fiel ajudante (!...) Kronk, um enorme bonitão/bonzão desmiolado, e bom cozinheiro. Pacha, a bondade em pessoa, é um lavrador que Kuzco convoca só para o informar que a sua aldeia vai ser arrasada para construir um resort de verão para o imperador. Pacha é informado e nada pode responder – o imperador é soberano. Yzma e Kronk, despedidos, logo a seguir tentam envenenar o Kuzco, mas apenas o conseguem transformar num lama, que por azares do escafandro vai parar às mãos de Pacha. Este apercebe-se que ter nas suas mãos um lama falante que na realidade é o Kuzco e é a sua oportunidade de salvar a aldeia.
E dá nisto: 76 minutos de pura comédia, com um ritmo quase infernal, desenho ginasticado e eficiente, e com muitas piadas que – facto raro em filmes Disney – uma criança de 6 anos não percebe. Esqueçam os números musicais, horríveis, e efectivamente a figura do lama não é perfeita, mas enfim, os gags que se vão sucedendo fazem perdoar tudo, Kronk é um personagem a não perder (o gag com o esquilo é lindo), e Kuzco e Pacha são mais um par bucha e estica a ficar para a história, neste caso a petite histoire dos meus filmes de estimação. A dobragem portuguesa é para variar bem feita. Claro que acaba tudo bem, e está prometido um sequel para 2005, que deverá ser horrível, mas o que importa é o que já cá está. E já agora, Mark Dindall será o realizador dum dos primeiros esforços da Disney-sem-Pixar na animação 3D: “Chicken Little”. O trailer já circula por aí... Até lá peguem nos putos e aluguem “Pacha e o Imperador”. Prometo que não se vão arrepender.

P.S.: não está a correr bem, este blog ?

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