Seu Jorge.
Estás doente, disseram-me. Aliás, perguntaram-me por ti. Se eu sabia. O facto é que não sei. E parece-me não ser esta a coisa mais importante a saber de ti. Estás doente. Ó, pá, porra, melhora! Põe-te bom!
Tempos houve em que a nossa equipa representava o que de melhor se podia oferecer numa noite de urgência no meu hospital. E éramos bons.
Sim, porque, porquê iludi-lo, eu trabalho num hospital. E às vezes era assim, tu dum lado, outro grande amigo meu - que também tem estado doente - do outro, internos a aprender a profissão, alguns hoje ainda tão amigos.
E então é como eu dizia, tu dum lado, o Luis do outro, mais alguma gente, isto sim, era uma Equipa. A noite provoca, se calhar, uma alteração das coordenadas do jogo entre os humanos, sendo que a luz do dia tudo acalma, aplana, neutraliza. A noite é a anti-matéria possível.
Éramos amigos naquela noite, e já antes, e depois. Hoje, por ex.
Enfim, esta merda nada conta e não sobrevive ao incontornável facto de teres dos melhores sentidos de humor que me foram dados apreciar. Sempre gostei de ti, és dos amigos que tenho com mais valor acrescentado e não preciso de explicar isto que escrevo. Tenho muita sorte por todas as pessoas que fui conhecendo. Tu, por ex.
Tudo tem o seu tempo e o atrás descrito passou. Não interessa, não passou nada: vá lá, põe-te bem!
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