quarta-feira, outubro 27, 2010

17ª cefaleia.

Já o disse antes: há dias em que não durmo.
Por hábito ultimamente durmo mal. Ensinaram-me. Aprendi. Não que não viva rodeado de silêncio. Assim estou. Mas não chega. Ou se calhar há aquele dia em que o nível de silêncio torna-se excessivo. Ou que a conversa com o meu amigo "comigo-mesmo" se enreda e cria-se circular.
Nem tento deitar-me. Sei que aqui não faço como fui ensinado mas... como levo levedados estes dias, nada é como soía...
Nem tento deitar-me. Existem mundos paralelos (também acho que já disse isto) a acontecer à distância de um ou dois botões de comando. Coloco o som baixinho mas eu sei que ela ouve. Levanta-se e a passo lento decide não dormir comigo. A minha cadela segue-me para onde eu vá, ou fique, que neste caso é. E ali ficamos, "Cefaleia" e eu, à espera de mais um dia que venha confirmar as piores suspeitas que o dia anterior se encarregou de levantar.
Quando nasce o Sol, "Cefaleia", uma só vez, como que a avisar, ou a pedir, late. Para que, de mau, o dia que entra não se exceda.