sexta-feira, dezembro 31, 2010

A Passagem.

A todos uma boa Passagem.
De onde e para onde, digo que a cada um a sua, ou melhor, o seu caminho.
Que pela difícil passagem de um ano para o que lhe segue passa.
Mas tudo passa. É e só um passinho mais e logo, já está!

2011...

quinta-feira, dezembro 30, 2010

A Casa Fechada.

Antigamente, os chefes guerreiros de alguns povos eram enterrados com toda a pompa devida e, numa pira funerária, queimava-se as coisas que mais próximas teriam estado, em vida, do celebrado chefe. Mulheres, o barco, as armas, coisas, enfim. Digo mulheres porque coisas eram então.
Hoje, o pai dum meu Amigo apareceu morto em casa. A casa estava fechada. Executadas as diligências para descodificar o porquê de uma porta não se abrir, saiu a carta mais temida do tarot que insistimos sempre em ir espreitar. A sequência lógica - pensei logo eu, herói por interposta pessoa - era agora atear fogo a uma casa tornada inútil, porque definitivamente vazia. Porém, não tenho nenhum direito de o escrever, sequer de o dizer, eu que, após receber a notícia, fui almoçar, ler o jornal, dar as duas ou três voltas que tinha previsto dar e no horário certo.
Tudo pode correr mal. Até a morte. Egoístas que somos, preferimos (e queremos) estar quando alguém nos morre, para assim podermos manifestamente também ali morrer um pouco, logo naquele momento, naquele preciso instante de catarse, num desfalecer paralelo e inútil, porque se espaço existia ocupado por quem vai/foi, esse espaço ficará vazio para sempre. "Porque não me deixaste morrer (um pouco) contigo?". Assim, é como se tivesse acontecido uma fuga, uma espécie de evasão desta prisão infame, discreta e eficaz como as melhores, deixando porém em quem fica esta sensação de desfazamento entre a verdadeira hora da morte, desconhecida porque não presenciada,  e a hora da pancada que se leva no peito ao tomar conhecimento. Não há pancada mais fria. Chegou-se atrasado, de vez. Parece que houve um engano e já não está quem nos possa dizer que o engano não foi nosso. Este comboio não vai voltar. A estação, a casa, fechou as portas.
Hoje não se ateia fogo a nada, deve aliás ser proibido por lei.  Vende-se, e sempre há quem compre. Precisamos aliás vender, comprar, vender outra vez. Não reflectimos no uso excessivo e corrente do reflexivo: vendemo-nos. Em sucessivas tomas, levas.
E nada disto tem a ver com o acontecido. Depois de almoçar tomei o café do costume e para aqui estou, a fazer-me de útil, de inadiável, de pessoa capaz.
Quando se fecha uma casa, poderá adivinhar-se que é a última vez? A derradeira? Cada homem um cofre, ao fechar a chave da porta pode estar a encerrar-se aquele segredo último, o mais interior, que nunca foi contado, sequer escrito em tinta transparente para descodificação futura. Coisas que nem a um filho se confessam, se calhar.
Invento uma vez mais, desculpa. Desculpa o uso do plural, onde me escondo. 
E nada do que aqui agora parei de escrever te será útil, Nelson. Como podia? Afinal tudo corre mal. Mas até o mal é relativo. E tempos houve, e tempos haverá, em que será publicado um formal desmentido de todo este falhanço. Até lá, ofereço-te não "isto" nem "aquilo", redução que seria à minha pobre imagem do que é o teu sentir neste preciso momento, mas sim o que tu precises, o que tu quiseres.
E que eu me faça grande para te poder dar o que me for pedido.

P.S.: disseste-me agora mesmo que o teu pai escolheu ser cremado. 87 anos. Vês?

terça-feira, dezembro 28, 2010

Everything'll be allright...



do mesmo álbum... onde também é "assassinado" o God Only Knows, e há Blue Jean e Loving The Alien... good buy!

Bowie & El Corte Inglés



Hoje fui aos sueldos...

Rui Unas!



Se calhar pensavam que eu ia votar Cavaco Silva!

Expect nothing!

To expect nothing sucks!

domingo, dezembro 26, 2010

Leit...

James Woods e Helder Moura Pereira no Leituras...

sábado, dezembro 25, 2010

Lá fora, cá dentro.

Faz frio lá fora. No passeio que desce pela esquerda em direcção à minha porta, à minha tão pouco usada porta, dezenas de camélias, esplêndidas camélias esperam a sua hora para cair da árvore. Estranha árvore esta, uma explosão em pleno inverno, é caso para dizer - pode a natureza gargalhar no mais frio dos dias. Digo pouco usada a minha porta mas hoje por ela saí, por ela entrei. Pouco depois de um bacalhau à brás ter sido transformado numa panqueca, sabemos bem como o tempo é o elemento dominante mesmo na mais rasteira culinária. Um copo de vinho modelou o desastre e transformou-o em suave convívio com a ausência. De quê, ou de quem, não interessa. Lá fora faz muito frio. Aqui dentro menos.
Restam-me vinte anos de vida "útil", arriscando uma estimativa simples. Esta coisa dos "vinte anos", obsessão recente mas que não desaparece, devia fazer de mim um homem paciente. Comigo próprio mas, mais ainda, com as demais pessoas. Tal não vem sendo o caso. E porém, se recuarmos vinte anos, dou comigo a fazer o pós-Natal do ano 90 algures entre esta cidade do Porto a que agora voltei e Ovar, de onde nunca por assim dizer saí. Outros os conviventes, escasso o saber da lida taurina, o bicho das emoções ainda por conter, ou soltar, o que vem a ser o mesmo.
Tem o meu pai oitenta e quatro anos hoje. Agora. Dezoito mais do que o meu apontado "fim-de-vida-útil-minha". Claro que a definição impunha-se, mas uma certa falta de respeito se adivinha. Vive o meu pai, e bem, e ainda bem. Vive, bem mais do que muitos, a maioria, arrisco. Porém, já não "anda". Já não percorre nenhum caminho. Onde era suposto chegar chegou. Ou não. E este chegar ou não é já definitivo.
Posto isto, esta coisa de eu por aqui - ou por aí... - "andar" ainda mais vinte anos afinal supõe uma expepcionalmente "larga" vida... e de "andarilho"! Presunção qb., já que costumo passar na água benta!
Não... Depois do citado Natal de 90 já mudei de casa uma, duas, três, quatro, cinco, seis e, com esta última, sete vezes. De conviventes bem menos, mas houve algum renovar do plantel, confesso. Que hoje em dia se distingue sobretudo por faltar com alguma frequência aos treinos. Faço então calmamente os meus exercícios, relembro velhos truques, vou imaginando como funcionarão - os truques - num jogo qualquer de campeonato que há de vir, um destes dias, meses, anos...
Também tenho aprendido alguns truques novos, feito uns cursos...
Se pudesse ficava nesta "minha" casa os próximos vinte anos!

Two Lovers - James Gray (2008)


James Gray é um realizador americano muito amado em Cannes e países à volta. O filme "Two Lovers" teve honras de grand premiére nessa pequena vilória do interior francês. Merecida ou imerecidamente?
É o seu 4º filme, sendo os anteriores algo mais violentos, pelo que li. Este mistura Scorcese com Douglas Sirk e, pelo menos nas cores, funciona à perfeição.
Leonard perdeu uma noiva e tentou perder a vida. Terá uma doença mental bipolar de base e agora vive com os pais, medicado. Leonard é Joaquin Phoenix.
A palavra "bipolar" pode ser uma das chaves deste filme, pois tudo  gira à volta desta bipolaridade na vida de Leonard: ele trabalha na lavandaria do pai mas quer ser fotógrafo. Ele "adquire" uma namorada no círculo de amigos dos pais mas apaixona-se desesperadamente pela vizinha Michelle - Gwyneth Paltrow.
A é amado por B mas ama C que por sua vez ama D. D não ama C - é casado - mas acontece uma epicrise e D afinal "adquire" C que esquece A que afinal volta a B, FIM!
Quantos filmes foram assim desenhados, quantos? Este filme não é particularmente brilhante no argumento, nem nos diálogos, nem no desenho acima, onde ne sequer se pretende variar sobre o desenho clássico triangular do desengano amoroso. Leonard cresce, in a way, pois não volta ao suicídio. Mas a solução do filme para os quesitos da história deixa um gosto amargo na boca.
Bom mesmo Joaquin Phoenix, Vinessa Shaw, Paltrow (um pouco menos...), Isabella Rossellini (a mãe). Superior a fotografia, aquilo que não chega a acontecer, o subentendido dos desequilíbrios em toda esta gente...
Um filme afinal pequenino mas que se vê muito bem... como dito na crítica que anexo. E perdoa-se esta mania arty que os americanos têm de através de árias de ópera nos explicarem que "isto é um filme sério, dude..."

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Gold For The Price Of Silver



Esta versão dum tema dos Kings of Convenience aparece no disco de versões de 2001 "Versus". Great theme, great duo!

F.A.

Estava eu numa reunião de fnacofílicos anónimos e, alegando uma chamada inadiável, tive uma recaída e eis que me encontro na fila para pagar o Seinfeld 4ª série - melhor nem pão quente com manteiga... - e o rapaz da caixa, bem simpático por sinal, começa a rir e pergunta-me se eu conhecia o episódio da mulher com mãos de homem e eu também comecei a rir-me e desejei-lhe um Bom Natal, eu estava contente - afinal só levava mesmo a 4ª série do Seinfeld - uma leve recaída, nada mais...


e um Feliz Natal para vocês todos, ok?.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Queristemassss...

I'm done with Christmas. And what a great Christmas it was...

NDB.

"(...) meu Deus, tende piedade dos homens que vivem de imaginar."


José Saramago, in História do Cerco de Lisboa.

Astronomia.

Hoje sabe-se que as estrelas antes de morrer fazem-se gigantes...

A Bang...



Para compensar os últimos vids...

Nelson Ferraz

nós



somos como água de chuva entardecendo
vestidos de natal e de vento e de adeus
sobre estas frias muralhas embriagadas de cor

somos como letras de penumbra
milimétricas
e paginadas de medo

e depois não entendemos o ruído
somos vulgares e repetitivos
entretidos com a brisa das lágrimas
e das dúvidas

e depois
não temos o mínimo cuidado
com a súbita falência do sorriso

somos um hoje aos soluços
tracejado por luzinhas crepitando
dentro da noite antiga e miserável
das notícias

é natal
as ruas já não nos conhecem
e nós não nos conhecemos nunca

domingo, dezembro 19, 2010

And I killed the captain, sank the fleet / To listen to the heartbeat



7'35'' of pure bliss!

E tudo começou...



na Yellow Magic Orchestra...

Sakamoto (aka God) dancin and gettin the girl...



O ano está errado: 1989.

Se nada, nada, nada, mas mesmo nada



correr bem, resta-me sempre esta pequena (e doce) vingança de saber que tentei, tentei, tentei e tentei.

NDB.

Haverá festa. Choro. Incompatibilidades incontornáveis. Alguns passeios. Muitas chaves a fechar a mesma porta. Gente a mais. Solidão e/ou silêncio. A mão que se corta porque não aparece. A dispersão de um sistema de vida agora mesmo adquirido, porque nada acontece. E será Primavera, e será Verão. Veremos então os que estão, quem se merece. Subirão as temperaturas, usaremos então roupa mais ligeira. O olhar será mais claro, porque o mesmo Sol, que foi de Inverno, mais perto assim o permite. Haverá festa. Choro outra vez. Balanços, baloiços, almoços lá fora. E se tudo isto demora, vamos escrevendo, porque entretem. Fica a hora menos morta, fica esta vida menos sem.

Desculpa lá, não estou a ver bem...

NDB.

Outras vezes fará sol.

NDB.

Sim, vai chover mais vezes.

Dum aniversário algumas conclusões...




Está feita a filha que tenho. E que  bem que está. Partiu ontem, feitos os doze anos. Sabe Deus onde irá parar...

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Sua é a sua vida agora, completamente. E aqui estarei eu, não só mas também eu, para ajudas.

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Sendo esta coisa um todo, conveniente se torna dividir. É já visível onde e sob que circunstâncias serei chamado a depor, produzir parede de apoio, espaço de suspensão e respirar. As ajudas. Noutros momentos não, e a minha simples presença será demasiada.

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Pode a humana espécie agradecer-me, produzi - não sózinho mas dando especial contributo... - gente nova da mais alta estirpe, farinha do mais fino toque, perfume da mais íntima das refinarias.

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Despeço-me não com a costumeira amizade mas sim como a mais intensa das paixões, porque ao contrário das demais e humanas, nada a poderá extinguir.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Um triângulo (nada) equilátero.

[Dividido] entre o chá, o leite Matinal e a sangria,

Eu sei muito bem o que tudo isto pedia…


Ornatos Violeta - O Monstro Precisa de Amigos (1999)





Great, great, great stuff!

terça-feira, dezembro 14, 2010

Prince/NPG - Cream (Altered) [VIEW DESCRIPTION]

NDB.

"Eu reciclo!". Posso contratar-te para vires resolver isto?

NDB

A minha filha chora e no dia a seguir conta-me. Isto lembra-me um poema da Adília Lopes. Ela não tem nenhuma filha. E eu?

And again NDB.

Hoje alguém tinha sessenta pessoas à sua frente na fila do Continente para o bacalhau.

Bloqueium News

Sim, um passo à frente. Um passo enorme à frente. Na pista errada.

notícias do bloqueio

Três minutos. Em três minutos tudo desaparece, as coisas voltam ao seu sítio, nada aconteceu, as persianas subidas.

Notícias do bloqueio.

Ultimamente só consigo falar com a minha filha através da Cidade FM.

sábado, dezembro 11, 2010

Christmas Upside Down...

Thanks, whoever you were...

Batô

Mas que hx é esta: tudo música com + de quinze anos de vida? E ando eu a ilustrar-me e a gastar dinheiro para quê? Metade da música chunga e nem um Prince?
Ao fim de dois GT's, aqui ficam uma, duas, três, valeu a companhia, o Gonçalo, claro, e as (muito) pequenas...





sexta-feira, dezembro 10, 2010

Californication Jumbo Mug

Californication season four is out there (somewhere) next January!

domingo, dezembro 05, 2010

The Kids Are All Right (2010) - parte dois.

Lembro-me bem de ter escrito um texto bem giro sobre o filme “The Accidental Tourist” de Kasdan, talvez o último grande papel de William Hurt e uma preciosidade de Geena Davis. O texto intitulava-se premonitoriamente “Why Be Married?” mas cedia ao filme e era um texto afinal com algum incerto optimismo sobre o tema, uma espécie de “porque sim” informado… Hoje fui ver o “The Kids Are All Right” (TKAA) e a pergunta voltou a surgir repetidas vezes na minha cabeça, como um néon de discoteca que não há como apagar… bom, então seja. No filme TKAA, apesar de o casal ser lésbico a mensagem é de acordo com estes tempos neo-convencionais em que vivemos: a família é isto, gente que se junta (no início) porque uma centelha de magia aconteceu e no fim porque é sempre mais frio lá fora do que cá dentro. Decantando a experiência para o recipiente apropriado chegamos à conclusão que um casal é malta a roçar o heroísmo “porque aguentam muita merda”. Ok, mas qual é o nível de merda que decide quando mais é demais? A cada um son nez? TKAA não responde a este enigma e cria escolhos de difícil contorno e alto coturno… a saber.

A relação Bening/Moore é bastante desequilibrada. As calças pertencem a Bening, que é quem traz o dinheiro e fala mais grosso. Moore é a insatisfeita – e por alguma razão na única cena de sexo she’s the one going under… - e a vida sexual das duas não parece ser grande coisa. So much for the great lesbian sex myth… Ruffalo, the sperm donor that comes out of nowhere tem tudo para triunfar naquele mundo paralizado. Até tem um pénis… Mas sobretudo tem um charme meio Lenny Kravitz, é feio qb para resultar bonito, fode que nem um desgraçado, diz umas frases com tento e ponderação, é perito em vegetais e anda de moto! No fim do filme chegamos à conclusão que este gajo é um triste e digno de pena. “Get your own family!”. O.K….

Como volta a paz à tribo? Primeiro mostra-se o lado bom de Bening num jantar em casa de Ruffalo. Ela trauteia Joni Mitchell’s “Blue” até ao fim. How Sundance can you get? Trair quem é capaz de tal proeza fica subitamente feio. Moore lembra-se que é lésbica e que portanto Ruffalo is out. As crianças ficam afectadas e é precisa fazer qualquer coisa. Bening toma o leme do barco, afugenta o pirata, já tinha mostrado for once apreço pelo pré-trabalho de Moore. Moore pede desculpa e faz o discurso de como isto de estar casado é “aguentar muita merda” e coisa e tal…mas é fixe. No fim do fim de TKAA elas dão-se as mãos e o miúdo opina que não se deviam separar porque são “muito velhas”… Elas sorriem: vê-se que gostam uma da outra… só continuo a ter dúvidas sobre a vida sexual em comum…

Why be married? The word “shit” shouldn’t come in the equation…




The Kids Are All Right (2010)

Surgem-me várias formas de iniciar este texto sobre o filme “The Kids Are Allright”, da realizadora de nome impronunciável Lisa Cholodenko. Vou começar assim:


O filme “The Kids Are Allright” é um produto da área Sundance. Um casal de lésbicas (Annette Bening e Juliane Moore) tem dois filhos – um casal – por inseminação artificial. Mark Ruffalo é o dador de esperma que o filho, algo desorientado nos seus 15 anos, quer conhecer. A irmã, mais velha, às portas dos 18, faz a chamada e marca o encontro. Temos a angústia adolescente do costume, o peso bem pesado de um casamento já antigo com as habituais assimetrias de relação, e temos o desequilíbrio que aqui acontece pela mão de Mark Ruffalo, o “beautiful stranger” que calha ter doado o esperma “sobre o qual” esta família existe. Porquê Sundance? Enfim, lésbicas, muita agricultura biológica, some wild sex, the vision of a dildo, vinho, alfazema, rosmaninho…

Sundance, a produtora de Robert Redford, é um produto americano também típico, porque há várias Américas, certo? Mas being as Sundance as can be, este filme tem a sua moral e a sua lição, Sundance-like, em defesa da vida em casal – lésbicas, outros… - da maternidade – mesmo que artificialmente criada… e por aí adiante.

Resulta o atrás dito num desperdício final da personagem criada por Mark Ruffalo – by the way, great show, man, wellcome to my personal pantheon!... – porque o solitário que durante 605 da película é desenhado quase como too good to be true tem que pagar as suas opções e daí sofrer o obrigatório e forçado fade out para que no fim o casal sobreviva, não se descortinando ironia ou abertura maior no final feliz – tipo “vamos lá continuar a aguentar esta merda, ora dá-me lá a mão…”.

Portanto, filme giro e que eu gostei de ver. Se calhar os meus olhos não foram os mais objectivos para escrever sobre este filme…

Adquiri um nome para o meu panteão de estrelas masculinas de Hollywood: Mark Ruffalo. Julianne Moore e Annette Bening são o que são: sublimes.

Novembro.

A 1 de Novembro fui-me despedir da minha praia...

Uma festa para os olhos...

One or the other... you choose...

UFO...

Autumn...

Vamos ganhar uns pennies...

20ª cefaleia.

Ultimamente a minha cadela Cefaleia decidiu tomar conta de mim. Só lhe posso agradecer. Diariamente pega na coleira e deposita-a a meus pés para que a passeie – duas vezes ao dia. Começou a rejeitar determinada comida pois sabe que alguma dela me exige um passeio mais prolongado até um Pingo Doce mais afastado. E não me deixa ficar parado no sofá mais do que vinte, trinta minutos. Não era assim antes. O sofá era o meu posto de vigia durante horas. Fechava os olhos e percorria ruas e caminhos, abria e fechava portas, subia e descia escadas, atirava-me de varandas, e tu e eu sabemos o que sempre acontecia no fim. Cefaleia dormitava durante estas minhas viagens interiores. Agora não. Cansou-se. Ladra-me hoje mais num dia do que antes num mês. Mas ainda não estou a salvo. Ainda não estou safo.
Falta-me desaprender.

sábado, dezembro 04, 2010

Sobre Sá Carneiro

... no Ortopédico.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Suf menos...

Why do I fail myself ( and mostly others...) so often, now? Why can't I keep my word? Man, you're a mouse!

Not good...

No patients, and the music's not helping...