segunda-feira, dezembro 31, 2007

Bee Movie 2007


“Bee Movie is never an unpleasant experience, but it's never a particularly engaging or funny film either.”
Existirá uma rivalidade entre a Dreamworks e a Pixar, existirá. A Pixar é a casa do Nemo. A Dreamworks tem o Shrek. A Pixar é a Disney dos nossos tempos, aprox. A Dreamworks pensa que o mundo é New York, deus Elvis Presley e a natureza Central Park.
Senão vejamos “The Bee Movie”. Claro que perdida a voz de Seinfeld para o Markl, muito estará perdido, mas mesmo assim... onde se situa a colmeia deste filme? Em Central Park. Que flores murcham a meio do filme? As de Central Park, tidas pelo filme praticamente como “as flores do mundo inteiro”. Onde mora a improvável namorada humana de Seinfeld a abelha? Num loft virado para... Central Park. O avião que é pilotado... pelas abelhas vai aterrar, julgo, no JFK... etc.
Já no “Madagáscar” os animais eram do Zoo de Central Park, NYC... enquanto “Pular a Cerca” cruza o continente para dialogar com um típico subúrbio californiano.
A Dreamworks desenhou um achado – “Shrek” – e depois voltou a acertar bastante em “Pular a Cerca”. O “Bee Movie” parece-me um filme bastante preguiçoso. Algumas coisas ditas pelo Seinfeld se calhar serão mais credíveis, sei lá...
E eu sei que New York City ainda é o umbigo do mundo, mas daí a reduzir o mundo ao umbigo...

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domingo, dezembro 30, 2007

A renacionalização do sistema bancário


A Caixa Geral de Depósitos é o maior banco português. E é pública. Muito se fala da privatização (progressiva) das PT's, TAP's, ANA's, REFER's, etc. Da Caixa não. Agora o seu director girou directamente para o maior banco privado, o BCP, em crise. Cuja solução estava logo ali, gerando um banco de nível europeu, e maior que a CGD: a fusão com o BPI. Dirão que não há que preocupar, até o Ullrich concordou com este takeover "público". Que remédio teve, não havia opção à vista! Constâncio, "His Master's Voice", fez o seu trabalho, que só a incompetência e a cupidez dos dirigentes do BCP permitiu. Jardim Gonçalves pode-se orgulhar de levar consigo o mérito de ter não só fundado como afundado um grande banco. Calha estarmos a falar do mesmo banco.

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Benazir Bhutto


Para melhor compreender Bhutto e a situação paquistanesa, ler este link do Guardian.

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Assim foram terminando os dias, assim o ano. Feliz 2008.

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quinta-feira, dezembro 27, 2007

Livro

Steiner no leituras...

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O Problema


Liedson está, julgo, na sua 5ª época no Sporting. Tenho ideia que em pelo menos duas delas foi o melhor marcador do campeonato nacional. Em nenhuma destas épocas o Sporting ganhou o campeonato. Isto pode querer dizer alguma coisa.
Liedson tem agora 30 anos, uma idade que pode ou não ser já "alta" pra um avançado. Liedson é um avançado com qualidades e defeitos. Eu julguei que quando tínhamos o Deivid se estava já a preparar a sucessão do Liedson, então já uma espécie de jogador-problema, que se estava a aproveitar da fraca liderança de Peseiro.
Agora a crise é outra e Paulo Bento está a ser pressionado por váios lados, vejamos Miguel Veloso em subrendimento, por ex. Liedson não terá assim tanto mercado no resto da Europa, apesar dos golos marcados à Roma. Mas a sua eventual saida, como a de qualquer jogador instável, já deve ter sido pensada. Por isso vendeu-se o Deivid, acho eu, deve ter sido, e comprou-se o Purovic. Pois é: o Sporting vê longe.

P.S.: a solução para o caso Miguel Veloso é simples e chama-se banco, com Adrien Silva a titular.

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segunda-feira, dezembro 24, 2007

The Fucking Christmas Spirit

Pois, é Natal.
O perigo aumenta, na estrada, nas casas, na rua, em todo o lado...
Aproveito para dar os parabéns a uma carrinha Ford vermelho-escuro, baralha-se-me a matrícula, que na A4 à saída de Matosinhos fez menção de atirar-se para cima de uma camioneta duas vezes, insultou a mãe do condutor da mesma meia dúzia de vezes, e paralizou o dedo do meio da mão direita em extensão durante dez minutos.
It´s the christmas spirit!

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sábado, dezembro 15, 2007

Slope 2007


Steve Jansen é o irmão de David Sylvian que se encarregava de todas aquelas percussões estranhas nos Japan. E agora finalmente lança um 1º disco a solo. Bastante na esteira do projecto "Nine Horses", em que participou, este é um disco "da família", com co-autoria de Sylvian em dois "singles", e muita complexidade rítmica, abstracta, apenas muito vagamente pop. É um disco "pessoano" - entranha-se. E saímos do prazer mais óbvio das canções de Sylvian (a "Ballad of a Deadman" como um leftover de "Dead Bees...", será?) para o embalo das interesecções dos restantes temas, vocalizados ou não. Um bom disco de uma área musical que se julgava extinta.

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quarta-feira, dezembro 12, 2007

Livro

Aquilino no Leituras...

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O Vale Glaciar do Zêzere


Não percebo porque neste país não se venera este vale, esta paisagem. Quase se consegue ver, ouvir, medir a temperatura do gelo a descer majestosamente até Manteigas.
O Zêzere, recém-nascido no Covão da Ametade, brinca a descer e depois guina para a esquerda, seguindo para Manteigas, suas Caldas antes. Recebe água e água, riachos, cascatas, fontes, da direita e da esquerda.
Há dezenas de milhares de anos a Estrela era uma fábrica de gelo para sete glaciares, este o mais extenso, a sua marca na pedra como por labor de uns quaisquer trabalhos manuais, não em pedra executados mas em madeira macia de pinho, veja-se a perfeição - catorze quilómetros.
Pinheiros que arderam na vertente leste, num destes anos de chumbo.

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O Cântaro Magro







É o fenómeno geológico talvez mais impactante da Estrela, tendo talvez o "azar" de não chegar à altura da Torre, pois corresponde a um "abcesso" de granito antes do planalto em que a Torre se situa, e por a Torre ser um pequeno planalto é que com frequência se transforma em recreio de pequenos e grandes, se nevada.
O Cântaro Magro, em conjunto com os Cântaros Gordo e Raso, é outra música. De escalada não difícil no verão pelo lado Sul, as suas outras caras serão a delícia de escaladores e quejandos. Os Cântaros chamam-se assim por rodearem em circo o Covão da Ametade e lhe fornecerem as águas, nascendo assim o Zêzere. Rodeiam-no criando um anfiteatro monumental, mas têm um recesso mais escuso, o Covão de Cima, assumo que de difícil acesso, com aquelas pequenas lagoas que se fotografaram.
Fala-se de poemas em pedra, e não se pode querer mais.

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Fim de Semana na Estrela



Foi pouco mais do ue um fim de semana mas teve a felicidade de coincidir com as primeiras neves.
E lá se fez a subida à Torre, branco ícone do imaginário nacional, com a sorte de ainda pouca gente saber dos primeiros nevões, e ser dia de semana. Isto à 2ª tentativa, que na 1ª voltámos com o rabo entre as pernas perante um nevoeiro cerradíssimo. Basta dizer que desci pela Lagoa Comprida mas nem a vi!
Eu sei que a Estrela é muito mais do que isto, mas...

Sobre o centro comercial que para ali há, faltam-me as palavras.

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domingo, dezembro 09, 2007

Guilherme Gama, 1987-2005

"Detido em sua casa, o adolescente de 16 anos confessou o crime e disse que tinha sido contratado por James dos Santos para matar Magno Amaral. James também foi preso e confessou ter recebido R$ 1.000,00 (um mil reais) de Natalino da Silva para matar Magno, mas disse que decidiu “subempreitar” a encomenda para o menor, pelo mesmo valor. James dos Santos disse que Natalino queria a morte de Magno porque o rapaz estaria morando com a ex-mulher do comerciante, dono de uma loja de som automotivo localizada na Rua Floriano Peixoto, no centro de Dourados.

Segundo os agentes do SIG, o adolescente teria confessado também dois assassinatos ocorridos no dia 25 de novembro: um na Vila Industrial, que teve como vítima o também menor Geraldo Júnior Pereira, 17, e outro no Jardim Rasselen, que vitimou Guilherme Gama, 18. O adolescente disse que cometeu os dois crimes na companhia de seu amigo, e que Geraldo Pereira foi morto por reagir ao roubo de uma bicicleta. Já em relação ao assassinato de Guilherme Gama, os adolescentes teriam contado que após o assalto na Vila Industrial, foram para a região do BNH 4º Plano e, juntamente com outros rapazes, cercaram Guilherme no meio da rua e o mataram com um tiro."

de "Delegacia Virtual do Mato Grosso do Sul"

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quinta-feira, dezembro 06, 2007

Albert

Einstein said:
"If A is success in life, then A equals X plus Y plus Z. Work is X; Y is play; and Z is keeping your mouth shut."

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Hoje


... de manhã.

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Televisão ou Não

Neste momento na televisão acontece uma reportagem sobre quem - por opção própria - não tem televisão. Cujos quais, sem televisão, a reportagem não verão nunca...

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quarta-feira, dezembro 05, 2007

Na Minha Rua Passam

Na minha rua passam
Bons carros, é zona de
Restaurantes, vai este mês
Quase no seu fim, as doses
Abundantes, é o que
Dizem os estrangeiros,
Trinta e um dias nem um
Tratamento feito, vozes
Amigas por atacado, mas
Tão longe, são como carros de
Excelente mecânica, noutra rua
Notar-se-ia menos a
Embraiagem a sangrar, as
Luzes à esquerda.


2004.

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Cálculo

Catarina, ensina-me a remover o cálculo.

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Reis 2003

Era noite já madura, custava o domínio de uma bicicleta
De criança por entre a chuva escassa. Outros pais, outros
Reis serventes, talhavam sob papéis de embrulho os
Presentes da seguinte manhã na mesma rua. A restante
Coruña dormia com o sabor de caramelos ainda na boca,
Ainda ontem vi havia aqui crianças, dos Reis/Sábios Magos
Dois eram mulheres, com nome uma a outra "senegalesa
Trabajando en una onegê". E esta onegê a que pertenço
Tropensativo tem uma criança a dormir com Baltasar, uma
Mulher em lavores de ocultação, e eu, que nem sei andar
De bicicleta.

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terça-feira, dezembro 04, 2007

TSF ontem à tarde

É de homem que um médico fale na rádio sobre o mau hálito, é de homem! Escusado foi chamar ao tema "embaraçante"!

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segunda-feira, dezembro 03, 2007

Sporting 1 União de Leiria 1


Quando Peseiro foi despedido, o plantel era outro, mas a equipa estava a um ponto do líder. Hoje a situação é diferente, mas por ex. por causa da última linha da capa de hoje (2ª f) de "O Jogo", atribuível ao Miguel Veloso (será a ele, ou apenas ao último penteado?), acho que Paulo Bento deve ficar.

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Zara Cidade do Porto 16h43m de um sábado


"Susana, é favor atender uma chamada no armazém!"
Passados dez minutos, ele insistia...
"Susana Lopes, é favor..."

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Cidade do Porto

Um centro comercial pode ter uma semivida relativamente curta, senão vejamos o "clandestino" Shopping Cidade do Porto.
Retirou o centralismo na Boavista ao Brasília, para poucos anos depois se ver quase "ruralizado" pelas periferias - Arrábida e Norteshopping sobretudo!
E então o que fazer?
a) um toque de realismo: substituir uma pista de gelo pouco usada, passada a novidade, por um restaurante semi-popular.
b) redecorar o espaço saíndo dos dourados reminiscentes do cavaquismo e entrando pelos azuis semiquentes de um novo século
c) procurar novas lojas-âncora, e daí a polémica com Paulo Branco (os filmes da Medeia não trazem público ao shopping, parece), e agora o aparecer da nova Leitura books & living, todo um acontecimento. Assunto este outro - a transformação da livraria Leitura numa "marca", a que voltaremos.

Entretanto, parece que o edifício foi legalizado.

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domingo, dezembro 02, 2007

Falling Down / Dia de Raiva 1993


O filme foi titulado em português “Dia de Raiva”, sendo o original “Falling Down”. E será o melhor filme desse esquisito realizador chamado Joel Schumacher. De 1993, a história é a de um “white-collar” de LA que, num dia de calor e entupido no trânsito, “just snaps!”, perde a cabeça, etc. Que já a teria perdida, aprenderemos depois, cabeça a nossa que existe enquanto presa a coisas, Bill (Michael Douglas) já tinha perdido mulher, filha e emprego. O que estava ele a fazer ali? Os obstáculos no seu caminho: ele quer ir para casa, uma casa que ele já não tem realmente (há uma ordem judicial de não aproximação da esposa, aparentemente por violência psicoligica, digamos...). Os obstáculos? Um lojista coreano que fala mal inglês; dois latinos que o querem fazer pagar portagem; um gerente de um fastfood que já não serve pequenos-almoços às 11h33m; um vendedor de armas nazi; dois velhotes a jogar golfe. A ex-esposa é Barbara Hershey, papel demasiado pequeno para esta moça, mas quem emparelharia M Douglas com Hershey, mesmo na vida real? O filme apresenta uma situação “as real as it gets”, vai acrescentando dados, não explicações ou soluções. A nossa simpatia por Bill fica sempre temporizada pelo facto de não “dominarmos” bem a sua situação familiar, onde o seu cadastro não parece estar nada limpo, bem como as suas crenças e soluções para a sociedade que ele decide atravessar em linha recta em direcção a uma casa cujo acercamento lhe está proibido por lei. A visita à casa da mãe não ajuda. E o contraponto? Robert Duvall é um polícia que se vai reformar.
A sua noção do dever é quase paralela à de Bill. mas com aquela distância crítica suficiente para saber "que eles mentem todos." Bill não sabia. O nosso detective consegue assim sobreviver a todas as contrariedades de uma vida, o ter efectivamente perdido a filha e, de alguma forma, a mulher, pois mesmo no último dia de trabalho, trabalha. A tal reforma a que Bill não conseguiu chegar. E só ele se apercebe da trajectória que 1 pessoa sózinha empreende literalmente através de Downtown LA. Algumas críticas detestam este personagem, mas temos que agradecer ao argumentista que ele exista senão, como não ponderar pegar no taco de basebol? Dois grandes actores, Michael Douglas, Robert Duvall, uma surpreendente boa realização e um bom argumento. No fim Bill morre. Pensem: havia alternativa? Food for thought.

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sábado, dezembro 01, 2007

Do Iluminismo


Longe de mim usurpar o papel de historiadores que, recuando na análise dos tempos buscam sedimentar pistas para os tempos que correm, os tempos que virão.
Os tempos presentes, porém, lembram-se repetidamente anos, décadas de um século, o XVIII, onde à opulência de tempos e convenções se veio sobrepor as luzes de alguns filósofos e enciclopedistas, e depois a revolução, e depois o terror.
Hoje as luzes estão nas vozes que semanalmente balizam televisivamente o que pensar, ler, decidir. E as luzes estão ainda mais nos gabinetes onde diariamente se decide para onde vamos. Os seus Watts são potentíssimos, ultrapassam em muito o farol da Boa Nova que diariamente me recebe em casa. Iluminam longe, e por fora e por dentro das cabeças e dos corações. Ou assim pretendem. E, uma luz, como escrutiná-la? Como sufragá-la? Como reprová-la, se eventualmente queimar? O tempo das luzes não foi o mais democrático dos tempos, com a excepção atenta da constituição americana. Os iluministas tinham porém uma ideia de tempo, de rio que flui, de progresso de uma sociedade que hoje não há. Vive-se hoje agora. As luzes instituídas o que buscam é apenas rodear-se de jogos de espelhos que as amplifiquem sem mais, numa ilusão de uma grandeza inexistente. E buscam perpetuar-se tentando iludir o sufrágio, o escrutínio, aquele sistema que, acreditamos, ainda será o menos mau dos sistemas, até ver. Estas luzes são falsas, e nada acescentam. Está este rio parado.

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