sexta-feira, junho 29, 2007

Não se pode concordar mais

com este link. Dias do mais puro inverno...

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quinta-feira, junho 28, 2007

Um Frank Stella, pr'aí...


não parece? Já que estamos numa de Arte Moderna...
Pois é o Braga Retail Center.

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Marc Ferro

Aqui.

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quarta-feira, junho 27, 2007

Time for Berardo


Este Amadeo de 1914 pertence à colecção Berardo e certifica a possibilidade dada ao seu possuidor de mandar o nº 17 da candidatura de António Costa à CML "à merda"-like.
Ó Mega Ferreira, está calado e cala-te!

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Norte Shopping - segurança


Por isso estamos como estamos: mais uma prova - precisamos mesmo que tomem conta de nós. Só com o que a imagem mostra o Norte Shopping conseguiu evitar que nós os portugueses subissemos as escadas rolantes com um carrinho de bebé em equilíbrio delicado, correndo sérios riscos de mandar a inocente criança para o Alcoitão.
Como diria Tennessee Williams: "always depending on the kindness of strangers"...

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Pequeno Almoço


Nunca mais chega o...

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Feliz Aniversário


Uma amiga minha acabou de ter uma filha. Que a bem dizer não queria. É feliz. Está bem. A filha é um pacote de doces feito um só. Vai correr tudo bem.

Ontem um amigo meu, médico, foi visitar um doente ao internamento de Psiquiatria do seu Hospital. Cruzou-se com um conhecido do Secundário, que ali estava internado. Acabara de ter “alta disciplinar”. Esse rapaz terá filhos dois. E é casado – há bastantes anos, com uma outra amiga do secundário. Boa gente, muito boa gente. Informando-se sobre a “alta disciplinar”, reconheceu afinal como brincadeiras liceais velhas de vinte e cinco anos, podiam ter perguntado, tanto aparato para o mesmo, também então no secundário já aconteciam algumas “faltas disciplinares”. Como serão os filhos, como estará este casamento bem mais velho do que os dois que o meu amigo já leva em serviço? Parva, esta curiosidade, e com algum atraso. Voltarás a vê-lo, ou não, daqui a dez anos, por ex., qual dos dois o internado, não sei.

Este meu amigo médico hoje devia celebrar várias coisas, umas não pode (está a trabalhar), outras não pode (pelo anacrónico da situação em causa, e da qual se separou vai para uns anos). Curiosa esta associação de datas. E tem uma filha com quem poderia fazer uma celebração, que não a outra. Ela, a filha, está em viagem de autocarro até ao Zoo de Lisboa, identificação ao pescoço, 5 euros na carteira, para os gelados.

Vivemos rodeados por filhos-da-puta, sendo que o maior deles é o “acaso”. Razão tinha o O’Neill.

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quarta-feira, junho 20, 2007

Correcção a Alexandre O'Neill

O medo vai ter tudo / mesmo tudo

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O fino sentido de humor sportinguista


Como vêem...

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terça-feira, junho 19, 2007

Da Banalidade

Um amigo, da família, é professor. Profissão maldita, nestes dias.
Decidi linkar as suas coisas.
Muito interessante.
E actual, tipo DREN e essas coisas...

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domingo, junho 17, 2007

Shirin Ebadi

No Leituras...

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quarta-feira, junho 13, 2007

1968 Astral Weeks


Van Morrison não começou aqui. A sua carreira como vocalista dos Them é prestimosa, e laivos do seu desespero serão já perceptíveis na dita.

Mas é Astral Weeks que sela o seu destino. Van Morrison é sobretudo uma voz à procura desse destino. Ou uma voz que já o encontrou e desesperadamente disso faz relatório. Nos últimos anos a expressão white soul ganhou uma conotação que em nada abonaria se aqui usada. Astral weeks é soul searching como nada antes ou nada depois dele.

Consta que os músicos na prática não "conheceram" Van Morrison, que este, de tão tímido, mal lhes dirigiu a palavra. Questionado sobre que tipo de música queria ele respondeu-lhes: "toquem o que quiserem" A cada canção ele apresentava-lhes o esqueleto acústico, e depois improvisavam. Sem mais uma palavra.

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terça-feira, junho 12, 2007

2007 Ma Fleur


Cinematic Orchestra are back! Mais Bristol do que antes (Massive/Alpha), e com um toque mutio ligeiro de soul e de new-folk, bastante menos jazz - o que é uma pena.

Mas, ainda é deles o melhor silêncio da praça, neste disco que se afirma melhor do que o anterior.

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Lindsay's Gone


É oficial, Lindsay Davenport deixou o ténis para viver a sua vida pessoal.

Ostensivamente fechada e evitando todo o glamour do ténis recente, esta power girl, senhora geométrica dos courts com três Grand Slam titles à sua conta, vai portanto desaparecer de circulação. A jogadora nº 9 em número de títulos na história do ténis.

Como dizia Pam Shriver, "the good thing about Lindsay Davenport it's that I never knew her mother!".

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domingo, junho 10, 2007

Explicitando, foram 233 metros...


...segundo os cálculos do Google Earth. Abaixo está a casa velha, e acima um pouco para a direita a casa nova...

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sexta-feira, junho 08, 2007

Serralves2


Mas o Non-Stop não deixa de ser bem fixe!

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Dumb Bush


o Csar Putin demonstrou uma vez mais a sua esperteza ao propor a Bush o uso conjunto de uns radares no Azerbaijão, "já que a ameaça não somos nós mas uns tais de párias...". Não sei se alguém falou previamente com o Azerbaijão...

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Serralves


Esquecendo Serralves Non-Stop, sempre ficam os outros dias.

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segunda-feira, junho 04, 2007

Açores - S.Miguel




A isto se resume a problemática das ilhas: estar num aeroporto horas e horas à espera que os elementos decidam quando e se em realidade se pode de determinada ilha sair, escapar, ou voltar a outra ilha ainda mais pequena, inferior portanto, sem direito a cidade, sem direito a uma ilusão de espaço, de alternativa.

E os paradoxos não cessam: existe um determinado Portugal que se relê nas telenovelas que se sucedem na televisão mais portuguesa. Este Portugal, desde já aviso, é aquele que decide eleições. Pois uma telenovela existe que se desenrola em espaço açoriano, melhor contado numa das duas plantações de chá da ilha do arcanjo, ilha de S.Miguel. É esta plantação não só isso mas também uma fábrica de um chá que no continente ninguém consome. A telenovela foi experimentar o espaço, gostou, ficou, usufrui de algo único na Europa a preço zero – repito, a preço zero. A telenovela é bastante conhecida, consumida digo. Não podem as ilhas vingar-se de outra forma senão embargar algum que outro voo da SATA, intervalando o anticiclone. Momentaneamente impotentes, os actores dão autógrafos na sala de espera do aeroporto, e por este gesto também não cobram. Falei da Gorreana, e da TVI.

O Divino Espírito Santo é a festa de todos os Açorianos. O Senhor Santo Cristo dos Milagres é a festa de S.Miguel e da Ponta Delgada, uma procissão imensa, sumptuosa, andaluza, onde marcam espaço no desfile os dignitários da autonomia. Em ambos os fenómenos a população emigrante açoriana tem muito peso.
Os Impérios do Divino Espírito Santo têm uma função de reger vaidades e encenar solidariedade. Não me posso permitir em dias de passeio e distância aferir da quantidade e volumetria destes dois itens. A vaidade está no desfile, no levar e exibir da oferenda. Na roupa escolhida, na seriedade dos cenhos. Depois vem a distribuição da comida. Em mesas corridas onde vem comer todo o povoado. E quem mais vier por bem. Dá-se cozinhado o que foi oferecido cru, vivo ou morto. E claro que nenhuma refeição resolve a penúria de um ano embora, percorridos os Impérios com cuidado e atenção, seja possível jantar de borla todos os dias durante umas semanas, segundo me constou. Eu assim fiz, embora só um dia, embora apenas uma vez num fim de tarde, tendo direito a pão, vinho de cheiro ou laranjada Melo Abreu, e uma rica sopa de carne com aroma a especiarias e ervas.
Por outro lado, o Senhor Santo Cristo é a necessidade de uma ilha e de a sua cidade se crerem grandes, nem que seja por um dia, nem que seja criando um Cristo só seu.

O Dia Mundial da Criança tem méritos e defeitos. Não vou por aí. E na Ponta Delgada lá estiveram os insufláveis, várias formas e feitios. E as crianças. Umas de mãos dadas, bem comportadas, outras em destempero, vorazes, insaciáveis. Dois mundos quase em choque. A Ponta Delgada "continental" e a "insular". Defina-se a posteriori o nome para uns e outros. Vamos então às coisas diferentes, que as houve.
Primeiro tivemos os espaços de sensibilização da juventude para a coisa armada, e para a segurança. Junto a uma carrinha Volkswagen um polícia sinaleiro de cartão "sinalizava" o espaço PSP. Duas jovens representavam a corporação, interagindo com a criançada, e completamente alheias ao caos automobilístico que se desenrolava logo ali em frente. Estariam na "força" por engano? Educadoras infantis falhadas? Logo ao lado uma pequena banda do exército dava o som – vagamente ragtime – a uma tenda onde um PE controlava ou era controlado por duas recrutas com óculos escuros à aviador. As crianças, avisadamente não paravam ali muito.
Mas havia uma canção que se sobrepunha a tudo e a todos, e era um corrupio de cantigas que um alegre rapaz com visível à-vontade, e deficiência física – usava duas muletas, cantava em voz potente e bem colocada. Ele era o "compére" de toda a festa. E era o Quim Barreiros, era o José Cid, era o Carlos Paião. O repertório todo, bem estudado. Modinhas populares de entremeio. Apresentava-se e apresentava a canção, e depois dizia ao homem do sintetizador: "é a três", ou "é a vinte e um, não, a vinte!" E entrava a orquestra, mais os coros. Um repertório vasto. Falou-se de anos de experiência na rádio e na televisão. E apresentou-se um famosíssimo (?) dançarino micaelense, que de repente, saído do nada, despiu o casaco e começou a desenhar um malhão lesto e alegre, sózinho. Nem mais, sozinho. Quando acabou, foi aplaudido, voltou a vestir o casaco, e desapareceu confundindo-se com a multidão, por entre passou-bens. Achei primeiro que isto era o auge da insularidade buscada. Depois não, lembrei-me do Sérgio & Madi, notei que ninguém ali dançara a chamarita, e percebi o favor feito, a viagem no tempo a um Portugal antigo, acrescido apenas daquela singularidade que uma ilha pode dar como esse dançarino micaelense do malhão, Luis Arruda de seu nome, famoso porque uma ilha é pouco mais do que um bairro, já agora Luís, um abraço.
Depois o nosso amigo da voz potente decidiu fazer um intervalo e entraram as crianças acrobatas que dançaram irradiando simpatia o techno/bacalao do costume, e umas adolescentes mal encaradas que dançaram hip hop. Ambos os escalões etários tiveram muitos aplausos, da parte de pais e irmãos. Suponho que foi isso.






O atraso do avião foi aproveitado para ir jantar ao Gilberto, na Relva, ao lado do aeroporto, como quem diz. Uma tasca à maneira, com um dono portista com se pede. Coitado, já lhe restava pouca comida, serviu-nos apenas com duas doses de feijoada, duas de chicharros e três de filetes de abrótea, foi tudo um sacrifício... grande Gilberto! Não há, apesar de tudo, como um avião atrasar-se, resumindo. Então, qual é o problema com as ilhas?

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